Vacinação começa no dia 20 de março e segue até 28 de abril. Podem receber a dose pessoas com idade entre 9 e 44 anos, 11 meses e 29 dias.

A quarta etapa da campanha de vacinação contra a dengue começa no dia 20 de março e algumas dúvidas voltaram a aparecer após a divulgação nesta semana. O secretário municipal de Saúde e Prevenção, Paulo Henrique de Oliveira, aproveitou para prestar alguns esclarecimentos que surgiram e reforçou a eficácia da aplicação da dose, que deve ser feita em três vezes, com intervalo de seis meses entre elas. 

A vacinação segue até 28 de abril e estará disponível em todas as unidades básicas de saúde de Paranaguá. Um esquema especial será realizado pela equipe da 1.ª Regional de Saúde para realizar aplicação também em universidades, escolas e outros locais com grande circulação de pessoas. O público alvo são pessoas com idade entre 9 e 44 anos, 11 meses e 29 dias. Esta etapa é indicada somente para quem já tomou a primeira e a segunda doses da vacina em etapas anteriores. Para receber basta apresentar documento de identificação e a carteira de vacinação. 

Entre as dúvidas recorrentes estão a contra-indicação. O secretário explica que não devem tomar a vacina as seguintes pessoas: “Gestantes, mulheres que amamentam, quem tiver baixa imunidade congênita ou adquirida, em tratamento com corticóides em dosagens elevadas e prolongadas, em tratamento de radioterapia e quimioterapia, em estado febril (tomar após a melhora do quadro), portadores de HIV/Aids, fora da faixa etária ou com qualquer contraindicação médica”, explica o secretário. 

Conforme dados fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a vacina, em geral, “é bem tolerada pelo organismo”. “Os efeitos colaterais mais comuns são dores leves, calor e inchaço no local da injeção (aplicada por via subcutânea na região superior do braço). Algumas pessoas podem apresentar febre e dor de cabeça”. Pessoas vacinadas são monitoradas em 30 municípios paranaenses. Não houve nenhuma reação adversa grave, mas somente locais e leves. Todos os casos identificados tiveram recuperação total. 

Outro esclarecimento importante é que a vacina não induz ao aparecimento da doença. A dengue é causada apenas pela picada do Aedes Aegypti infectado com o vírus. A proteção é duradoura, após a aplicação das três doses. Mas o secretário adverte que os cuidados para o controle do mosquito devem permanecer mesmo com a imunização. “As pessoas devem manter seus quintais limpos, sem objetos que possam acumular água parada”, salienta o secretário. 

Quem já teve dengue pode tomar a vacina, após um período de 30 dias. Quem ainda não contraiu é importante se imunizar, pois em mais de 70% dos casos a doença não apresenta sintomas. Sobre a eficácia da vacina a Sesa explica que ela passou por 20 anos de pesquisas e estudos, que demonstraram proteção de 93% contra a dengue grave e redução de 80% das internações pela doença. Desde agosto de 2016, quando foi definida a campanha de vacinação, foram confirmados 1.241 casos de dengue no Paraná e nenhuma morte pela doença, sendo que somente 49 pessoas vacinadas foram notificadas com dengue leve sem confirmação laboratorial, apenas suspeita clínica. Isso representa 0,02% do total de vacinados. 

Crianças abaixo de 9 anos e pessoas com mais de 45 não podem tomar a vacina porque a Anvisa só autorizou a aplicação na faixa etária entre 9 e 44. Mas é importante lembrar que com a vacinação é possível diminuir a circulação do vírus e proteger indiretamente também as pessoas que não foram imunizadas. 

A VACINA FOI PROIBIDA NO BRASIL?

A Sesa esclarece que não houve proibição da vacina contra a dengue no Brasil. Mudou a recomendação, que agora vale para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, atendendo o que determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Isso, no entanto, não interfere na campanha. Apenas reforça a estratégia adotada no Paraná: a de vacinar áreas endêmicas/epidêmicas, como é o caso dos 30 municípios que recebem a vacina no Estado. A decisão de adotar a vacinação foi tomada com base nos critérios epidemiológicos consistentes nos últimos cinco anos no Paraná e seguindo recomendações de órgãos como a Organização Mundial de Saúde (OMS).

SECOM

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