Ex-ministro do STF apareceu com cerca de 10% das intenções de voto para presidente nas últimas pesquisa realizadas
© Ueslei Marcelino / Reuters

Se há alguns dias a candidatura de Joaquim Barbosa pelo PSB ainda era dúvida, depois das últimas pesquisas de intenção de voto, divulgadas nesta semana, o nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é dado como certo na corrida presidencial de outubro.

Barbosa apareceu com cerca de 10% da preferência dos eleitores, segundo levantamentos do Datafolha e do Vox Populi. O partido avalia, inclusive, fazer uma pesquisa mostrando as fotos dos candidatos aos entrevistados.

De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a legenda acredita que nem todos os potenciais simpatizantes de Joaquim Barbosa ligam o nome à figura do ex-presidente do STF.

Barbosa, no entanto, tem enfrentado a resistência de familiares, conforme a coluna Painel, também da Folha. A principal preocupação é com o desgaste emocional e com a devassa a que ele será submetido se embarcar na campanha.

O ex-ministro, por enquanto, segue mantendo o acordo feito com o PSB, no ato de sua filiação, de que só concorrerá se entender que há unidade na sigla em torno do seu nome. Ele terá até agosto para decidir.

Joaquim Barbosa se filiou ao PSB no último dia 6, durante evento em hotel de São Paulo. Em nota divulgada após filiação, Barbosa deixou clara essa hesitação. "No ano passado, fui estimulado por amigos a manter conversas com líderes de partidos políticos com vistas a uma possível filiação e candidatura a cargo eletivo. Essas conversas mostraram-se mais construtivas e consequentes com o PSB, presidido pelo doutor Carlos Siqueira. Contudo, dar esse passo (sobretudo neste momento conturbado da vida nacional) tem sido um dilema pessoal para mim", destacou o ex-ministro, em texto publicado em seu Facebook.

À época, o discurso foi reforçado pelo presidente da sigla, Carlos Siqueira. "Primeiro ele vai se filiar. Depois vai pensar sobre candidatura, e o partido também vai pensar. Temos até 5 de agosto, é quase uma eternidade", destacou.

O presidente do partido também fez questão de destacar que não há chance de o ex-ministro ser vice na chapa de Geraldo Alckmin, como insinuou o governador de São Paulo, Márcio Françan (PSB), na segunda (16). “Se for candidato, será à presidência", pontuou Carlos Siqueira.

NM

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