Depois de uma manhã de discussão em Maringá, os professores da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve a partir de 15 de março
Foto: Reprodução APP Sindicato

Depois de uma manhã de discussão em Maringá, os professores da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve a partir de 15 de março, seguindo a recomendação de movimento nacionais que estabeleceram essa data como marco para as paralisações da categoria no Brasil.  As propostas de parar as atividades já no dia 15 de fevereiro, quando está agendado o início do ano letivo, ou interromper o trabalho a partir do dia 22, foram derrotadas na assembleia. Com isso, as aulas devem começar na quarta-feira e governo e professores ganham mais tempo para a negociação, para que cheguem a um acordo que evite a greve.

A assembleia começou por volta das 9h40, com a presença de aproximadamente 3 mil professores. A categoria reclama de uma série de medidas tomadas pelo governo do Paraná, como a redução da hora-atividade, o sistema de distribuição de aulas (com prejuízo a servidores que se afastaram da atividade por motivo de doença ou para cursos de aperfeiçoamento) e também o atraso para o pagamento do reajuste salarial prometido pelo governo e posteriormente alterado.

A secretária estadual de Educação, Ana Seres, informou que, caso haja paralisação, o governo pretende descontar dos salários os dias parados. Em nota, o governo do Paraná lamentou a decisão, “que prejudica mais de um milhão de alunos da rede pública estadual e suas famílias. As últimas paralisações deixaram prejuízos próximos a cem milhões de reais, em contratações de temporários para reposição, merenda estragada e transporte escolar fora do período letivo tradicional”.

Leia as resoluções aprovadas hoje pela assembleia da APP-Sindicato:

Atividades da Jornada de Luta e Resistência Rumo à Greve da Educação:

Pauta da greve (15 de março)

1) Pelo fim das maldades do governo Beto Richa contra a Educação Pública.

2) Pelo fim dos calotes com a categoria.

3) Pelo Direito à Saúde de professores(as) e funcionários(as).

4) Pelas manutenção dos direitos conquistados da carreira.

5) Pela Revogação da Resolução da Distribuição de Aulas.

6) Pelo Cumprimento da Lei da Data Base – reajuste da inflação.

7) Pelo Cumprimento da Lei do Piso.

8) Pelo cumprimento da Lei da Hora-Atividade.

9) Contra a Reforma da Previdência.

10) Contra a Reforma Trabalhista.

11)Pela revogação da lei da reforma do Ensino Médio

Ações de Mobilização:

Realização da hora-atividade LEGAL

a) Organização de Caravanas da Educação

b) Construção da greve geral com as demais categorias

c) Recepção ao governador e aos(às) deputados(às) federais

d) Participação nas plenárias do FES.

e) Organização de uma campanha publicitária denunciando e relacionando entre si as malvadezas do Beto Richa, do prefeitos e do governo federal, bem como chamamento da comunidade para valorização dos(as) trabalhadores(as) em educação.

f) Reuniões com prefeitos(as), parlamentares e lideranças.

g) Realização de concentrações, plenárias, caminhadas e outros atos públicos nos 399 municípios.Ação junto às Câmaras Municipais para aprovação de requerimento aos deputados(as) estaduais de cada região pela aprovação de um decreto legislativo revogando a resolução de distribuição de aulas

Calendário de Mobilizações:

Dia 13 e 14 de fevereiro: Dias Pedagógicos na escola com debate da pauta e eleição de representantes de escola.

Dia 15 de fevereiro: Primeiro dia da Hora-Atividade Legal em defesa da escola e da educação pública.

Dia 21 de fevereiro: Hora-atividade Legal

 03 de março: Hora-atividade Legal

08 de Março: Mobilização Nacional “As mulheres vão parar”

 Hora-atividade Legal, aula pública em frente às escolas e integração aos atos dos movimentos de mulheres.

15 de Março: Início da Greve Geral da Educação.

Redação NP

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