Padilha afirmou que possivelmente haverá um diálogo com Maia sobre esse número, mas que é uma prerrogativa do presidente da Câmara.
Foto: Revista Veja

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, admitiu nesta quinta-feira que a votação da aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara pode ficar para agosto, mas disse que esse não é um problema para o governo.

“O problema de quórum não é nosso, é de quem quer receber a denúncia. Quem quer receber a denúncia é quem tem que colocar quórum”, disse Padilha. “Pode ser agora ou pode ser agosto”.

Temer queria ver a denúncia derrubada antes do recesso parlamentar, e chegou a negociar o adiamento da votação da Lei de Diretrizes do Orçamento --sem o qual o Congresso não pode entrar em recesso-- para dar mais tempo para a votação em plenário. A LDO, no entanto, deve ser votada nesta quinta-feira, no que foi uma última tentativa de manter o quórum na Casa para votar em plenário a denúncia na sexta-feira, mas sem sucesso.

No entanto, nesta quinta o vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), admitiu que a votação deve ficar para agosto. Um dos empecilhos é chegar aos 342 deputados em plenário para abrir a votação, número exigido pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Padilha afirmou que possivelmente haverá um diálogo com Maia sobre esse número, mas que é uma prerrogativa do presidente da Câmara. “É uma posição pessoal do presidente Rodrigo Maia, temos que nos resignar. Ele é quem comanda a pauta da Casa”, disse. “Mas esse não é um problema nosso.”

Questionado sobre a posição anterior do governo de votar o mais cedo possível a denúncia, Padilha afirmou que “o mais cedo possível quem vai determinar é quem tem que colocar quórum”.

Já sobre a votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, onde a denúncia está neste momento e deve ser votada nesta tarde, Padilha previu uma vitória "magistral" do governo.

EBC

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