Dos 16 mandados de prisão temporária, um envolve o empresário Luiz Abi Antoun, primo do ex-governador Beto Richa (PSDB).

Agentes da Polícia Federal cumprem hoje (26) 19 mandados de prisão em Curitiba, Ponta Grossa, Irati, Maringá, Londrina (PR) e São Paulo (SP). Os alvos da 55ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Integração II, visam pessoas envolvidas em esquemas de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato na administração das rodovias federais no Paraná.

Entre eles, intermediadores, agentes públicos e nomes ligados a seis concessionárias que administram o Anel de Integração do Paraná - Econorte, Ecovia, Ecocataratas, Rodonorte, Viapar e Caminhos do Paraná. As informações são do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná.

Dos 16 mandados de prisão temporária, um envolve o empresário Luiz Abi Antoun, primo do ex-governador Beto Richa (PSDB).

Em nota, a Polícia Federal explicou que esses nomes estão ligados a núcleos organizados para explorar e obter benefícios indevidos a partir de contratos de concessão de rodovias federais no Paraná.

Segundo a PF, o grupo político era composto por autoridades do governo do estado que agiam em benefício das concessionárias. O núcleo técnico envolvia agentes públicos com estreita ligação com as empresas contratadas.

Entre os três de prisão preventiva, figura o nome do diretor-presidente da Associação Brasileira de Concessões Rodoviárias (ABCR), João Chiminazzo Neto, acusado de intermediar pagamentos de propina acertados entre as concessionárias e agentes públicos.

Delações

O esquema teria começado, segundo delações de colaboradores, em 1999, e os pagamentos feitos em troca da “boa vontade” do órgão em pedidos de interesse das empresas teriam durado até o fim de 2015, totalizando R$ 35 milhões. Segundo o MPF, o dinheiro era dividido entre as empresas de acordo com o faturamento de cada uma e era entregue, em espécie, a agentes do DER/PR e, em 2011, passou a ser pago a funcionários da Agência Reguladora do Paraná (Agepar).

“Somente para o Grupo Triunfo, controlador da Econorte, o operador financeiro Adir Assad [também alvo de mandado de prisão] faturou R$ 85 milhões em notas frias. Já para o Grupo CCR, controlador da Rodonorte, foram produzidas notas frias que somaram R$ 45 milhões”, informou o Ministério Público Federal.

A partir desse esquema, o governo do Paraná firmou aditivos contratuais em 2000 e 2002 com seis concessionárias.

Os contratos foram questionados e chegaram a ser auditados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2012, quando diversas irregularidades foram apontadas, mas, ainda assim, foram mantidos.

Servidores de Paranaguá serão capacitados com parceria firmada entre Prefeitura e Senac

Acaba amanhã prazo para tirar segunda via do título de eleitor

Agência Brasil

Deixe o seu comentário