Dado é de janeiro a novembro e se mantido o ritmo em dezembro o Estado deve fechar ano com maior aumento nas vendas externas desde 2011.

A soja bateu recorde, aumentaram as vendas de automóveis para a Argentina e, com a Klabin, o Paraná passou a ser exportador de celulose

A soja bateu recorde, aumentaram as vendas de automóveis para a Argentina e, com a Klabin, o Paraná passou a ser exportador de celulose AEN-PR

Os embarques de automóveis, celulose, soja em grão e frango sustentaram o crescimento das exportações do Paraná em 2017. De janeiro a novembro, as vendas externas do Estado cresceram 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Aumentaram de US$ 13,9 bilhões para US$ 16,8 bilhões no período, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Se mantido esse ritmo em dezembro, o Paraná deve fechar o ano com o maior crescimento nas exportações desde 2011, quando houve expansão de 23% nas vendas externas do Estado.

As exportações do Paraná vêm crescendo em ritmo maior do que a do Brasil, que acumula, no período, crescimento de 18,2% - para US$ 200,15 bilhões. “O ano de 2017 foi marcado pela recuperação das exportações, que avançaram tanto em commodities com em produtos manufaturados, de maior valor agregado”, diz Júlio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).

RECORDE - Principal produto de exportação do Estado, a soja em grão bateu mais um recorde de embarques de janeiro a novembro, embalada pela boa safra. Responsável por 23% das exportações, o grão somou US$ 3,9 bilhões em vendas externas, contra US$ 2,88 bilhões no mesmo período do ano passado – alta de 38,1%.

As vendas de carne de frango in natura – segundo produto mais exportado do Estado – cresceram 13%, passando de US$ 1,92 bilhão para US$ 2,17 bilhões.

KLABIN - O maior crescimento, no acumulado do ano, no entanto, foi de celulose, produto no qual o Paraná não tinha tradição exportadora, mas que passou a figurar entre os principais da pauta depois da inauguração da fábrica da Klabin em Ortigueira.

Em onze meses, os embarques de celulose somaram US$ 502,46 milhões, 88,9% mais do que no mesmo intervalo de 2016. O produto ocupa o sexto lugar entre os principais produtos exportados pelo Paraná.

VEÍCULOS - Outro destaque foram as exportações de automóveis, com crescimento de 60%, graças às vendas para a Argentina. Os embarques passaram de US$ 514,01 milhões para US$ 822,5 milhões.

Outros avanços foram as exportações de produtos metalúrgicos diversos, que cresceram 58,5% - de US$ 75,08 milhões para US$ 119 milhões. Já as exportações de tratores cresceram 47,1% - US$ 206,45 milhões para US$ 303,66 milhões.

MERCADOS - A China, principal destino das exportações do Estado, aumentou em 30% as compras do Paraná no período, de US$ 3,4 bilhões para US$ 4,43 bilhões. As exportações para a Argentina, segundo maior mercado, cresceram 35%, de US$ 1,35 bilhão para US$ 1,83 bilhão.

Os Estados Unidos, terceiro maior comprador, aumentou em 17,1% as compras, de US$ 705,6 milhões para US$ 826,6 milhões. O Japão foi o País que mais aumentou as compras do Paraná, de US$ 275,4 milhões para US$ 481,3 milhões, 74,7% de crescimento. A segunda maior alta veio do Irã, com 67,1% - de US$ 181,9 milhões para US$ 304 milhões.

AEN-PR

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