Portos do Paraná se consolidam como rota dos navios de grande capacidade na América Latina. Nos últimos dois meses, o TCP recebeu cinco embarcações com capacidade para carregar quase 12 mil unidades. Um sexto navio chega neste sábado (31).

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Os portos do Paraná se consolidam como rota dos navios conteineiros de grande capacidade de carga na América Latina. Nos últimos dois meses, o Terminal de Contêineres de Paranaguá recebeu cinco embarcações com capacidade para carregar quase 12 mil unidades de contêineres, equivalentes a 20 pés. Um sexto navio desse porte chega ao terminal paranaense, neste sábado (31).

 “O Paraná reforça a posição como hub logístico e conta com infraestrutura de ponta para atender a demanda mundial, por navios de grande porte. Isso só é possível graças aos investimentos, públicos e privados, em obras de dragagem, expansão de cais e equipamentos”, destaca o diretor-presidente da empresa pública que administra os portos no Estado, Luiz Fernando Garcia

Esta é a primeira vez que o navio Kota Pusaka atraca no Porto de Paranaguá. A embarcação tem bandeira de Hong Kong, mede 330 metros de comprimento (LOA) com 48,2 metros de largura (boca) e é capaz de carregar 11.923 unidades de contêineres (TEUs).

Segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, os navios com maior capacidade de transporte necessitam de infraestrutura e eficiência operacional, além de maior demanda e carga.

“É o ganho em escala. Carregando mais contêineres em um único navio, os custos do frete são reduzidos, o que diminui os gastos dos usuários e, consequentemente, atrai mais cargas a Paranaguá. A tendência da vinda dos navios maiores faz com que mais exportadores e importadores procurem o Porto para movimentar seus contêineres”, conta o diretor.

OPERAÇÃO - Segundo o operador da carga, a empresa TCP, serão quase 1.300 movimentos, entre carga e descarga de contêineres, nesta parada do navio, em Paranaguá. O fluxo é bem acima da média que costuma ser de cerca de 600 movimentos por atracação.

O terminal está localizado em posição geograficamente privilegiada, no centro do principal eixo logístico de entradas e saídas de cargas do país. A TCP já tem autorização para operação dos Navios New Panamax (de 368m x 52m), sendo o primeiro terminal do Brasil com essa permissão.

HISTÓRICO - Os outros cinco navios a operar em Paranaguá, recentemente, com a mesma capacidade de carga, foram Kota Pemimpin, Seaspan Harrier, Seaspan Osprey, Paranagua Express, e Montevideo Express.

O maior navio de contêineres a atracar no Porto de Paranaguá foi Hyundai Loyalty, em maio de 2018. O navio tem 339,62 metros de comprimento e 45,6 metros de largura, mas a capacidade de carga é para 8.600 TEUs.

Este ano, os maiores navios foram recebidos em junho: o MOL Beauty e MOL Beacon, ambos com 336,9 metros de comprimento e 48,3 metros de largura e capacidade para até 10 mil TEUs.

EXPECTATIVA - O porto paranaense deve receber ainda mais embarcações como essas, após as obras de derrocagem. A explosão submarina do maciço rochoso, conhecido como Pedra da Palangana foi assinada em setembro. A remoção do material permitirá o aprofundamento do canal de acesso para até 14,60 metros. Com isso, o porto paranaense garante maior segurança na navegação, o que evita acidentes e aumenta a competitividade.

A obra será totalmente custeada pela Portos do Paraná, que investe R$ 23,2 milhões nos serviços. O ganho estimado é de 1 metro de profundidade, o equivalente a mais 120 contêineres extras por navio.

TCP - O Terminal de Contêineres de Paranaguá tem 1.099 metros de cais, onde podem operar, simultaneamente, dois navios de 366 metros de comprimento. A estrutura de armazenagem também foi ampliado para acompanhar a demanda dos navios gigantes. São aproximadamente 490 mil metros quadrados de área, com capacidade de movimentação anual de 2,5 milhões de TEUs/ ano.

Com relação aos equipamentos, a TCP conta com oito guindastes (portêineres STS), sendo que seis possuem plena capacidade operacional para atendimento aos Navios New Panamax. Dois destes equipamentos foram recebidos pela TCP no ano passado, sendo os maiores do Brasil, atualmente, podendo operar com uma produtividade de até 45 movimentos por hora (MPH), cada.

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