Foram quatro detidos e com eles foram apreendidos dois fuzis e alguns celulares
Foto: Polícia Civil

Em coletiva à imprensa em Londrina, na manhã desta quinta-feira (1), o secretário do estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, relatou o andamento das investigações da execução do agente penitenciário Thiago Borges de Carvalho, ocorrida em dezembro de 2016.

De acordo com o secretário, as investigações da polícia começaram no dia 20 de dezembro, imediatamente após o crime. “Foi uma tocaia armada pelo crime organizado, no momento em que os agentes faziam um deslocamento administrativo”, disse. “Não foi um crime contra o agente, foi um crime contra a instituição Depen. Neste momento já se percebeu a ação do crime organizado”, acrescenta.

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As investigações seguiram, e logo depois, em 15 de janeiro, houve na Penitenciária Estadual de Piraquara uma tentativa de arrebatamento de presos, sendo que 26 foram resgatados. “Nesta ação houve o resgate dos presos, mas houve um enfrentamento da polícia com confronto, alguns indivíduos morreram e outros se esconderam em uma propriedade rural nas proximidades”, relata. “Esses presos acabaram se entregando no decorrer da ação”, acrescenta.

Conforme Mesquita, foram quatro presos e com eles foram apreendidos dois fuzis e alguns celulares. As investigações dessas duas situações de encontraram ali. “O exame de balística dos estojos arrecadados em Londrina e em Piraquara deram positivos, ou seja, nas duas ações, as mesmas armas foram usadas”, afirma. “Além disso, os celulares também mantinham indícios de comunicação entre o grupo e tinham fotos de indivíduos portando as armas”.

Na sequência, para a polícia, restou comprovado que a morte de Thiago foi determinada pelo preso que ocupava no Paraná a função de ‘sintonia geral’ da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). “Se trata de Welber da Silva Conceição, conhecido como “Bebê”.

Atualmente “Bebê” cumpre pena na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. “Ele foi transferido juntamente com outros integrantes de facções após nossa solicitação à Justiça”.

Para a Sesp o crime está totalmente elucidado. Mesquita destacou ainda que o Paraná tem feito seu trabalho no combate ao crime organizado, mas que para desmobilizar a organização, é necessário um esforço conjunto e nacional. “Para desmobilizar é preciso descapitalizar e, essa facção se capitaliza através do tráfico de drogas e comércio de armas. Então, é preciso uma ação coordenada pelo Governo Federal”, destaca. “Mas, no Paraná nós estamos mantendo o controle”.

Com Assessoria da Polícia Civil do Paraná

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