O Ministério da Saúde realiza pesquisa para avaliar a efetividade da vacina contra a dengue em três municípios paranaenses. Paranaguá, Maringá e Foz do Iguaçu foram os escolhidos e terão dados levantados para gerar publicações em nível nacional e internacional sobre o tema. Reunião realizada na manhã desta terça-feira (22) serviu para aprofundar o tema, bem como visitas técnicas ao Pronto Atendimento (UPA) e ao Hospital Regional do Litoral.
Participaram da reunião, além do secretário municipal de Saúde e Prevenção, Paulo Henrique de Oliveira, e técnicos da pasta, representantes da Secretaria de Estado da Saúde, Franciele Fantinato, do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, além dos professores Expedito Luna, do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), e José Cássio de Moraes, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Os dados levantados em Paranaguá e nas outras duas cidades serão apresentados pelo próprio Ministério da Saúde e também na Organização Pan-americana de Saúde. O trabalho já foi iniciado, mas por conta do baixo número de casos de dengue em 2017 está havendo estruturação para melhorar as estratégias usadas na pesquisa. Paranaguá foi escolhida devido à epidemia registrada em 2016, que resultou na morte de 31 pessoas em decorrência da dengue. Foram registrados cerca de 16 mil casos oficialmente.
“Esse trabalho ocorre em nossa cidade por conta da eficácia do acompanhamento da questão envolvendo a presença do mosquito Aedes Aegypti em Paranaguá. Desde que foi eleito o prefeito Marcelo Roque vem tomando medidas para que a cidade não tenha o registro de outra epidemia como a que ocorreu em 2016. Já na transição ele fez algumas reuniões com o pessoal da Regional de Saúde e da então equipe que estava na saúde para que não ocorresse o mesmo problema do alto número de casos e também das mortes”, recordou o secretário Paulo Henrique, que avalia como positivo o levantamento que será realizado na cidade.
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RESPONSABILIDADE, VACINA E MUTIRÃO
Paulo Henrique aproveita para fazer um novo alerta à população de Paranaguá sobre a responsabilidade em relação aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que além da dengue transmite também zika, chikungunya e febre amarela. “Muitas pessoas vêm relaxando em relação aos criadouros nos quintais e nas vias públicas e isso é uma porta de entrada para que voltemos a ter problemas novamente com infestação do mosquito”, destacou o secretário municipal de Saúde e Prevenção.
Ainda de acordo com o secretário de Saúde de Paranaguá, o prefeito Marcelo Roque determinou que voltem a ser realizados os mutirões de limpeza, envolvendo agentes de endemias e os comunitários de saúde e os cargos comissionados da Prefeitura, durante todo o mês de setembro, sempre às sextas-feiras. “Eles vão percorrer todos os bairros da cidade para levar também conscientização sobre a importância de manter os locais e objetos sem acúmulo de água parada. Nossa intenção é chegar ao verão de forma tranqüila e sem registros de casos”, revelou Paulo Henrique de Oliveira.
Outro assunto que o secretário municipal de Saúde e Prevenção relatou foi a realização da terceira etapa da vacinação contra a dengue, que ocorrerá entre 20 de setembro e 31 de outubro. A medida preventiva é importante e ele faz o alerta de que essa medida do Governo do Estado de imunizar a população acabou sendo um dos principais fatores para que não houvesse nova epidemia de dengue na cidade, além da conscientização para que não sejam mantidos criadouros nos imóveis particulares e locais públicos da cidade.
SECOM