Alvo de inquérito por suposto caixa 2 nas campanhas de 2002, 2004 e 2006, o senador José Serra tem dez dias para se pronunciar sobre a investigação, no Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com determinação do ministro Gilmar Mendes.
Além dele, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB, também está sendo investigado. Ele já foi solto duas vezes, por ordem do próprio Gilmar, e é suspeito de desviar recursos de obras públicas em governos tucanos em São Paulo.
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Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o processo contra Serra deve ser enviado à primeira instância, seguindo o novo entendimento do STF, que decidiu restringir o foro privilegiado de senadores e de deputados federais a crimes cometidos no exercício do mandato e em função da atividade parlamentar. A PGR alega que as supostas ilegalidades cometidas por Serra ocorreram enquanto ele era governador paulista.
O inquérito para investigar o tucano foi aberto a partir da delação premiada de executivos da Odebrecht. Um deles, Pedro Novis, afirmou que aproximadamente R$ 21 milhões foram repassados a Serra por meio de caixa 2. As informações são do portal G1.
A PGR apontou ainda suspeitas de pagamentos no exterior para a campanha presidencial de Serra em 2010. A defesa do senador ainda não se manifestou sobre o assunto.