O tumulto aconteceu enquanto a Câmara de Vereadores aprovava projetos do Plano de Recuperação na Ópera de Arame, onde aconteceu a sessão ordinária.

Pelo menos 24 pessoas ficaram feridas no confronto entre a Polícia Militar e servidores municipais na manhã desta segunda feira (26) na Rua João Gava, em frente à Pedreira Paulo Leminski. O balanço foi divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e cita dez manifestantes e 14 policiais militares entre os feridos. O tumulto aconteceu enquanto a Câmara de Vereadores aprovava projetos do Plano de Recuperação na Ópera de Arame, onde aconteceu a sessão ordinária.

De acordo com a SESP, três pessoas foram encaminhadas para hospitais, dois homens com ferimento de bala de borracha na perna e uma mulher com luxação no ombro. Dos 14 PMs feridos, cinco foram levados para o Hospital Evangélico. O caso mais grave é de um soldado do 23º Batalhão da PM que foi atingido por um paralelepípedo e teve o maxilar fraturado. Ele está internado e deve ser submetido a uma cirurgia. Um outro policial e uma policial militar também foram feridos no rosto após serem atingidos por pedras.  

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A reportagem do Massa News entrou em contato com sindicatos que representam os servidores, no entanto, até o momento as entidades não tinham levantado quantos trabalhadores ficaram feridos no confronto. Profissionais da imprensa também estão entre os feridos. Vários foram foram atingidos pelo gás lacrimogênio e spray de pimenta. Também foram relatados casos de jornalistas agredidos por policiais com cassetetes, mesmo que estivessem com credenciais de imprensa. 

Detidos

Durante a ação, três pessoas foram detidas: Carlos Alberto Lima por desacato e porte de rádio de comunicação sem licença de uso, ele é assessor da vereadora Noêmia Rocha, do PMDB, e foi encaminhado para a Polícia Federal. Edmar Teixeira Júnior foi detido por portar spray de pimenta e Cláudio Celestino Bottini Scarpetta Júnior por porte de cocaína. Já foram liberados.

Helicópteros

A Secretaria da Segurança Pública alega que, em nenhuma circunstância, as aeronaves da polícia são utilizadas para conter manifestações civis. O emprego do helicóptero nesta segunda-feira foi como plataforma de observação, eventual socorro médico e para levantamento de informações, como número de manifestantes no local, segundo a SESP. De acordo com a pasta, não é verdadeira a informação de que foi jogada bomba do helicóptero. As aeronaves nunca são equipadas com material explosivo ou bomba de gás.

Local de manifestação

Em nota emitida na tarde desta segunda feira (26), a secretaria reforçou que os manifestantes não se concentraram na Pedreira Paulo Leminski, local acordado previamente para que fosse garantida a segurança de todos. Os servidores acabaram permanecendo na Rua João Gava devido à proximidade com a Ópera de Arame onde foram votados os projetos. Diante do confronto desta segunda, a SESP pede que, nesta terça (27) quando deve ocorrer a votação em segundo turno das propostas, os manifestantes se dirijam à Pedreira.

Massa News

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