O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expulsou hoje (6) o embaixador da Alemanha no país, Daniel Martin Kriener. Ele tem 48 horas para deixar Caracas. O diplomata é acusado de agir em favor da ingerência externa e por apoiar o autodeclarado presidente venezuelano, Juan Guaidó.
De acordo com comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador, é “persona non grata” por atuar em violação “às regras básicas que regem as relações diplomáticas”.
Kriener foi anteontem (4) ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, durante a chegada de Guaidó, que passou mais de uma semana fora da Venezuela, viajando por cinco países: Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador.
Em comunicado, o governo Maduro condenou os atos do embaixador alemão. "A Venezuela considera inaceitável que um representante diplomático estrangeiro no seu território para exercer mais como um líder político em alinhamento claro com a agenda de setores conspiração extremistas do papel público oposição venezuelana."
O texto diz ainda que: “A República Bolivariana da Venezuela reitera a sua vontade de manter uma relação de respeito e cooperação com todos os governos na Europa”.
Outro lado
O líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, autordeclardo presidente, defende diplomata alemão - REUTERS / Agustin Marcarian/Direitos Reservados
Na sua conta no Twitter, Guaidó defendeu Kriener. “O embaixador da Alemanha, Daniel Kriener, conta com nosso total respaldo e reconhecimento. Somos testemunhas de seu absoluto compromisso com a nossa Constituição e sua solidariedade com o povo venezuelano.”
De acordo com o presidente interino, a responsabilidade sobre a expulsão do diplomata é do atual governo. Sem citar o nome de Maduro, Guaidó afirmou que: “Sabemos quem é o único ‘no grato’”
*Com informações da AVN, agência pública de notícias da Venezuela.
*Matéria ampliada às 17h01 para inclusão de informações.