Os casos de Covid-19 em todo o Brasil e no mundo estão novamente crescendo causando uma elevação no número de internamentos hospitalares e na procura por atendimento em unidades de saúde de referência para casos de coronavírus. Em Paranaguá essa realidade não é diferente.
Além da população em geral, muitos profissionais de saúde, médicos, técnicos em enfermagem e enfermeiros, também estão sendo acometidos pela doença e precisam se afastar. Como esse fator ocorre em todo o país, há uma dificuldade de contratação desses profissionais. Essa situação atual afeta diretamente os atendimentos nas unidades de saúde e hospitais.
Neste período temporário de escassez de profissionais, uma estratégia está sendo montada para atender aos casos de Covid-19 e, ao mesmo tempo, não deixar desassistida a população que necessita de outros atendimentos.
Temporariamente algumas alterações no funcionamento das unidades básicas de saúde são necessárias e ocorrerão a partir de quinta-feira, 10. Confira:
- Os pacientes que recebiam atendimento na Unidade de Saúde Luiz Carlos Gomes (Vila do Povo) passam a ser atendidos na unidade Guilhermina Mazzali Gaida (Jardim Iguaçu);
- Os pacientes que recebiam atendimento na Unidade de Saúde Norberto Costa passam a ser atendidos na Unidade de Saúde Emir Roth, ambas na Ilha dos Valadares;
- Os pacientes que recebiam atendimento na Unidade de Saúde Domingos Lopes do Rosário (Serraria do Rocha) serão divididos entre as unidades de saúde Simão Aisenman (Vila Guarani) e Ezequiel Luís Dias do Nascimento (Leblon);
- Os pacientes que recebiam atendimento na unidade de Saúde Evanil Rodrigues (Jardim Araçá) passam a ser atendidos na Unidade de Saúde Simão Aisenman (Vila Guarani).
Neste primeiro momento, não sofrerão alterações as unidades de saúde Dr. Elias Borges Neto (Alexandra); Argemiro de Felix (Santos Dumont), Márcio Ubirajara Elias Roque (Branquinho); Maria Vargas Batista (Porto Seguro); e Aline Marinho Zacharias (Vila Garcia) e Caic.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que os agendamentos de consultas nas unidades de saúde ocorrerão para gestantes, hipertensos, diabéticos, doentes renais crônicos, além de vacinas. Para evitar aglomerações e a disseminação do vírus, as pessoas devem evitar ir as unidades, salvo quando necessário.
As unidades de saúde Domingos Lopes do Rosário, na Serraria do Rocha e Rodrigo Gomes, na Ilha dos Valadares estarão voltadas ao atendimento de casos suspeitos e confirmados de Covid-19 em apoio ao Hospital de Campanha. Pacientes com sintomas leves, preferencialmente podem se dirigir a uma das duas unidades de saúde para não superlotar o Hospital de Campanha que permanece voltado aos atendimentos de pessoas com sintomas mais representativos como falta de ar, de olfato e/ou paladar e febre alta, por exemplo.
O cenário será acompanhado e novas alterações podem ocorrer.
SITUAÇÃO PREOCUPANTE
O coordenador da Sala de Situação da Secretaria Municipal de Saúde, Gianfrank Julian Tambosetti vê a situação atual como preocupante. “Em novembro tivemos um aumento abrupto fazendo com que os números ficassem muito próximos aos de agosto e agora em dezembro estamos percebendo que há um aumento bastante agressivo da doença no litoral. Em Paranaguá tivemos cerca de 300 casos nos primeiros sete dias de dezembro e, se comparado com o mesmo período de novembro, foi o praticamente o triplo de positivados”, detalha Gianfrank Julian Tambosetti.
O prefeito Marcelo Roque ressalta que desde março as equipes estão trabalhando firmemente no combate e prevenção à Covid-19. “Uma das grandes dificuldades neste momento é que com o número de casos aumentando nessa proporção, os nossos profissionais também estão sendo contaminados”, lamenta.
A baixa de funcionários em decorrência da doença é uma realidade geral no país e Paranaguá também tem sentido essa consequência da Covid-19. O prefeito observa que há uma dificuldade de contratação desses profissionais no Brasil e em todo o Paraná e ressalta a importância da prevenção.
“Precisamos que toda a população mantenha as medidas de prevenção como uso de máscara, o distanciamento social, higienização, entre outras ações que são muito importantes para evitar a disseminação do vírus. Não podemos baixar a guarda”, enfatiza Marcelo Roque.
ornalista: Flávia Adans/SECOM