Durante o lançamento do documento "Encontro com o futuro", nesta terça-feira (22), o presidente Michel Temer deixou claro que abriu mão da candidatura à Presidência da República em prol do nome do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
"O Meirelles é o melhor entre os melhores. Por isso tem condições de estar à frente do nosso partido e à frente da nossa campanha eleitoral. Que você, queria Deus, seja o único candidato do centro para continuar o que começamos. Se produzirmos agora 1/3 do que já produzimos, Meirelles, você vai pegar o país com tranquilidade absoluta. Será que o MDB tem o direito de ignorar tudo que fizemos ou de levar adiante? Levar adiante. Não podemos negar, melhorou e em pouquíssimo tempo. Imagina em mais quatro anos. E não podemos brincar que a crise volta. O MDB nunca faltou ao país. Ficarei orgulhosíssimo se um dia Meirelles for proclamado presidente do Brasil", disse Temer, ao discursar para uma plateia de emedebistas, na Fundação Ulysses Guimarães.
De acordo com O Globo, Temer destacou, por vários minutos, a "competência" de Meirelles. "Se há dois anos atrás dissesse que esse nome conseguiria baixar a inflação, os juros e ainda fazer a Bolsa bater recordes, com 86, 87 pontos, se há dois anos dissesse que o Meirelles viria para o MDB e estaria aqui lançando o Encontro com toda certeza diriam: Temer, conta outra. E foi por isso que escolhi o Meirelles para conduzir a economia e fiz a escolha corretíssima. É correto, homem simples de Goiás que ganhou o mundo, nome mais do que honrado", disse Temer.
O presidente ainda disse que "a dor da acusação injusta não vai nos paralisar. "Escolhas sempre foram marcas do nosso governo. Sou realista: sei o que fiz e o que não fiz; o que falei e o que falam por mim. Se estou resistente, é porque estamos com a verdade e ela nos fortalece. A dor da acusação injusta não vai nos paralisar. Do meu momento cuido eu, do país cuidamos todos nós, o MDB", destacou.
Temer ainda cobrou o apoio dos membros do partido. "Nos gabamos por sermos um partido democrático. Tudo bem. Por isso é que conseguimos essa unidade absoluta. Temos que aproveitar a campanha eleitoral para mostrar a unidade. Vamos parar com essa história de eu não apoio o Meirelles. Dizer: "Ah, eu não apoio o Meirelles?" Saia do partido. Temos que ter unidade absoluta, não podemos contemporizar. O povo brasileiro está atento", concluiu.