Informações : Valor Econômico

O presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta quinta-feira que, apesar de ser uma tarefa do Congresso, o governo pensa seriamente em apresentar uma proposta de revisão do sistema político eleitoral.

Segundo ele, a reforma poderia incluir a adoção do sistema parlamentarista em 2018. “Acho que não seria despropositado”, disse Temer.

O pemedebista afirmou ainda que tem ouvido em conversas a possibilidade de se levar adiante uma proposta que abranja fixação de cláusula de barreira e eliminação de coligações. “Isso está no nosso horizonte [apoiar um debate sobre reforma política]”, disse Temer em entrevista à rádio Bandnews.


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Denúncia

Para Temer, o processo para tirá-lo do cargo, em sua avaliação sem motivo sólido, foi algo urdido e articulado, mas ele crê que consiguirá evitar.

Ontem Temer conseguiur barrar na Câmara a abertura de investigação contra ele por corrpção passiva. A denúncia é apenas a primeira apresentada pela Procuradoria Geral da República. Temer ainda é suspeito de obstrução de Justiça e lavagem de dinheiro.

O pemedebista acredita ainda que denúncia, originada em gravação feita no âmbito de delação premiada da JBS por Joesley Batista, a quem Temer chamou de “ser imprestável”, não tem condições de prosperar.

“Quem lê a denúncia, qualquer estudante de Direito diz que a denúncia é inepta”. Ele acrescentou que, independentemente da natureza da gravação, se lícita ou ilícita, não há algo que o comprometa nos áudios.

Sobre a reforma da Previdência, Temer disse se sentir fortalecido para levar adiante a medida. Citou ter contado 285 deputados a seu favor na votação sobre a denúncia (quando recebeu 263), mas reconheceu que para aprovar a reforma da Previdência precisa de um total de 308. “Muitos que votaram contra (ele próprio) são a favor da reforma da Previdência”, alegou.

Temer disse ainda que se não fizer a reforma, ainda que vagarosa, como propõe o governo, só haverá no futuro dinheiro para pagar funcionário público e a Previdência Social. Ele destacou ainda que, em sua avaliação, a revisão das regras do sistema previdenciário apenas combate privilégios.

“Vamos estabelecer uma reforma suave, tranquila, paulatina. Em 20 anos é que vamos ver reforma da Previdência implantada.”

Ele ainda alegou que não atenta contra o gasto público a liberação de verbas a parlamentares, de natureza impositiva, em meio ao processo para arquivar temporariamente a denúncia contra ele.

Temer destacou que há um critério de emendas impositivas a depender do limite proposto pelo parlamentar e afirmou que as verbas de emendas entregues à parlamentares de oposição são superiores às de integrantes da base de apoio ao governo, conforme revelado pelo Valor. “São de espantar [verbas liberadas à oposição]”, disse.

Valor Econômico

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