Representantes de sindicatos ligados a categoria dos transportes rodoviários e empresário de transportadoras localizadas na cidade de Paranaguá promoveram, na manhã desta quinta-feira, 13, no plenário da Câmara de Vereadores, uma reunião para discutir questões como a melhoria das condições de trabalho aos caminhoneiros, a elevação do valor do frete e o rigor na fiscalização de empresas que não atuam de forma legal no ramo das transportadoras de cargas dentro da cidade.
O encontro, que contou com cerca de 150 pessoas, boa parte delas motoristas de caminhão que atuam na cidade, foi uma tentativa de estreitar o diálogo para evitar uma possível paralisação por parte dos caminhoneiros. A greve, que já havia sido declarada há dias, foi a maneira encontrada pelos motoristas para reclamar seus direitos, os quais dizem se ressentir da falta de estrutura nos pátios de terminais onde necessitam aguardar com o caminhão. O baixo valor do frete também foi reclamado e um pedido de 30% no reajuste foi feito pela categoria.
No entanto, na reunião, ficou definido que tanto os líderes sindicais quanto os donos de transportadoras deverão voltar a conversar, até a próxima semana, para buscar meios de valorização da carta frete e de dar melhores condições de trabalho aos motoristas que trabalham em Paranaguá. “Precisamos saber exatamente qual é pauta de reivindicação para que possamos dizer em que poderemos avançar ou não. Além disso, é preciso discutir a questão das empresas clandestinas em nossa cidade, pois elas colaboram de forma direta para os prejuízos daquelas empresas que são sérias e cumpridoras de suas obrigações fiscais”, disse o empresário José Carlos Borba.
Durante a reunião também foram propostos a obrigatoriedade de mais produtividade no setor, de modo a impedir que os caminhões fiquem por um longo período parado para carregar ou descarregar. Segundo um dos empresários presentes, os modelos de gestão do porto de Nova Ioque, nos Estados Unidos, precisam ser copiado. “Lá, o caminhoneiro não fica parado por um simples motivo: a tecnologia foi utilizada para otimizar o serviço e impedir os gargalos. Precisamos nos voltar a esta situação para colocar um fim naquele que é o principal problema do setor, que é a falta de uma melhor gestão”,, declarou o diretor da Cargolift, Markenson Marques.
O presidente da Câmara Municipal de Paranaguá, Marcus Antonio Elias Roque (Marquinhos Roque – PMDB), fez questão de informar que a fiscalização do poder público junto as empresas clandestinas será intensificada, uma vez que elas estariam deixando de recolher impostos para a cidade e causando sérios prejuízos à economia local. Além disso, o vereador deixou claro que vai pedir, ao Poder Municipal, maiores providências a respeito da emissão de alvarás para empresas que não tenham condições estruturais para receber a quantidade de caminhões para o operar os serviços. “Não vamos permitir que os erros cometidos no passado voltem a acontecer, por isso, nesta legislatura e nesta gestão municipal podemos assegurar que muita coisa será diferente”, disse, sendo muito aplaudido pelo público presente.
Também participaram da reunião os vereares Nóbrega (PRTB), Jaime da Saúde (PSD), Ratinho (PSB), Tucano (PPL) e Adriano Ramos (PHS).