Operação é da Klabin. São 46 mil toneladas que seguem para o porto de Qingdao na China. É a primeira vez que uma carga total de celulose é realizada pela empresa no cais público do Paraná.
AEN-PR

Uma carga de 46 mil toneladas de celulose, da Klabin, está sendo embarcada no Porto de Paranaguá. O embarque começou quinta-feira (14) e segue domingo (17). Desde o início das operações do produto no terminal paranaense, este é o maior lote já exportado.

O navio norueguês Star Lindesnes chegou vazio e segue carregado diretamente para o porto de Qingdao, na China. É a primeira vez que uma carga total do derivado da madeira é realizada pela Klabin, no cais público do Paraná.

Com a movimentação inédita, a expectativa é de que esse tipo de procedimento se torne corriqueiro, aumente ainda mais a eficiência portuária e traga mais ganhos para a cidade como um todo.

“Esse carregamento significa desenvolvimento, eficiência de uma área que foi arrendada agora em agosto e isso mostra que o porto paranaense, sem dúvida nenhuma, é o Porto mais eficiente do país”, afirma Marcus Vinícius Freitas dos Santos, diretor Jurídico e presidente em exercício da empresa pública Portos do Paraná.

RENDIMENTO - De acordo com o diretor de Operações Portuárias, Luiz Teixeira, mesmo sendo mais carga, a eficiência não diminui. “A operação desse porte permite que você tenha um rendimento maior no ritmo de embarque possibilitando dessa maneira ótimos níveis de produtividade em uma única embarcação”, aponta o dirigente.

OPERADORES - Toda a operação está sendo realizada no terminal da Klabin, responsável pela carga. “A diferença dos outros embarques é você ter todo o navio à disposição e poder trabalhar melhor os turnos das equipes de trabalho e os porões. Isso traz melhor produtividade”, explica Gerson Ferreira, coordenador de Logística Internacional da Klabin.

Ainda segundo Ferreira, o fato de a Portos do Paraná disponibilizar um berço preferencial para o embarque da celulose e derivados, disponível durante todo o carregamento, também faz aumentar a produtividade.

VOLUME - Para levar as 46 mil toneladas até o cais para serem embarcadas, serão movimentados mais de 1.500 caminhões, carregados com celulose, numa operação de 24 horas por dia (desde que não chova).

“Foi feita uma logística um pouco diferenciada dos outros embarques. Fizemos reunião com o pessoal da cooperativa, com os transportadores, com a própria armadora (G2), alteramos algumas rotas de translado da carga, para possibilitar mais um recorde de produção diária, que é de 22 mil toneladas diárias”, informa Emerson Costa, Gerente de Operações da Rocha, responsável pelo embarque.

BENEFÍCIOS - Segundo os envolvidos na iniciativa, operações como essas trazem benefícios à comunidade como um todo. “Tem outros benefícios que não são diretos da Klabin, mas são benefícios para a cidade, para os operadores, para o Órgão Gestor da Mão de Obra (Ogmo). Normalmente a gente faz 20 mil toneladas, em média. Desta vez, são 46 mil, num único embarque. Para as cooperativas também é um ganho. Estamos falando de algo em torno de 1.500 cargas”, destaca o dirigente da Klabin.

TENDÊNCIA – Para o diretor de Operações Portuárias da empresa pública, a tendência é que a Klabin aumente sua atividade pelo Porto de Paranaguá, pois além do entreposto no quilômetro 5, da BR277, existem investimentos a serem feitos na área recentemente arrendada dentro do porto organizado. “É um tipo de operação que exige mão de obra avulsa trazendo benefícios financeiros para o município e sua população”, finaliza Teixeira.

Nos embarques anteriores da empresa, os navios que eram carregados em Paranaguá (com uma média de 20 mil toneladas de celulose), vinham de outros portos brasileiros para apenas completarem a carga no porto paranaense. “Isso demonstra, mais uma vez, a eficiência das operações nos portos do Paraná”, conclui o presidente em exercício da Portos do Paraná.

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