Em uma emocionante solenidade realizada nesta segunda-feira, 24, a Casa Monsenhor Celso comemorou seus 50 anos de inauguração. Durante o evento, houve a assinatura dos termos de compromisso dos artistas selecionados no edital de Artes Visuais, que terão a oportunidade de expor na casa. As exposições estão programadas para iniciar em agosto e seguir até 2024.
"A celebração dos 50 anos de inauguração carrega uma rica história de quase 300 anos desta edificação. A transformação em Casa de Cultura aconteceu devido à demanda dos artistas locais e ao aval do Museu Paranaense para exposições de artes visuais. Estamos entusiasmados em contemplar os artistas locais com a assinatura dos termos de compromisso para as exposições, que terão início já no próximo mês", explica Maria Plahtyn, secretária de Cultura e Turismo.
O prefeito Marcelo Roque esteve presente no evento e ressaltou a satisfação de participar dessa comemoração. Ele destacou a valorização dos funcionários da prefeitura que trabalharam na reforma e restauração das casas culturais de Paranaguá. Além disso, parabenizou a secretária Maria Plahtyn e os artistas plásticos contemplados no edital.
Confira os talentosos artistas contemplados no edital de artes visuais:
• Exposição "Benditas as mãos" de Giovanni Fanini Negromonte;
• Exposição "Belezas naturais e Caiçaridades" de Adriano Barrozo Ramos;
• Exposição "Tempo, Espaço e memórias" de Beni Moura Cardoso;
• Exposição "Quando todas as cores se equilibram" de Mozileide Neri;
• Exposição "Encontros" de Gilmara Gastaldon Piantá.
Durante o evento, o talentoso ator Breno Oberdan emocionou a todos com sua apresentação, contando a história da Casa Monsenhor Celso e da família Itiberê da Costa.
A Casa Monsenhor Celso, um sobrado de linhas simples, foi construída no século XVIII e é a ampliação de uma casa térrea, sendo a irmã gêmea da edificação vizinha conhecida como Casa Brasílio Itiberê. A construção, em alvenaria de pedra, possui quatro portas almofadas na parte frontal do térreo, requadros em cantaria encimados por vergas arqueadas. No segundo piso, encontram-se portas que se abrem sobre o balcão com guarda-corpo em ferro e janelas em guilhotina, divididas em quadrículos. O telhado é em quatro águas, com cunhais em cantaria e o restante em massa, com beiral em cimalha.
A Casa Monsenhor Celso tem uma história marcante, sendo o local de nascimento e residência dos irmãos Celso e Brasílio Itiberê da Cunha. Celso se tornaria monsenhor e Brasílio um diplomata, imortalizado por suas composições musicais.
Em ruínas por um período, a casa passou por obras de restauração iniciadas pelo departamento de Patrimônio Histórico e Artístico da Diretoria de Assuntos Culturais da SEEC e pela Prefeitura Municipal de Paranaguá. Tombada pelo Patrimônio do Paraná, a casa foi posteriormente desapropriada pela Prefeitura Municipal de Paranaguá, que compreendeu sua importância no contexto histórico. A restauração foi conduzida sob a responsabilidade do arquiteto Cyro Corrêa de Oliveira Lyra, em 1973.
Através do decreto n° 693, de 18 de janeiro de 1973, a Casa Monsenhor Celso recebeu sua denominação e foi incorporada ao patrimônio municipal, destinada à sede do Conselho Municipal de Cultura, onde atualmente está instalado o SENAC.
Jornalista: Suzane Cicarello / SECOM