Após o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) adiar a convocação dos aposentados por invalidez que passarão pelo pente-fino, os 72 mil segurados do Rio que serão convocados terão pelo menos mais 15 dias para se preparar para a perícia de revisão, que atestará a necessidade de continuidade do benefício. Isso porque, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o envio das cartas, que começaria nesta terça-feira, foi adiado para a próxima semana.
De acordo com especialistas, os segurados devem manter em dia relatórios e exames, para aumentar a possibilidade de manter os benefícios.
Publicidade
— O segurado que se encaixa nas regras de convocação do governo para o pente-fino precisa ficar atento e manter em dias os laudos que comprovem a incapacidade para o trabalho. Vale destacar que, ter mais de um relatório atestando a doença, é bastante interessante, pois o perito do INSS terá uma outra opinião sobre a doença do segurado — alerta o advogado Luiz Felipe Pereira Veríssimo, do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev).
O atraso nas convocações dará mais tempo para que os segurados fiquem em dia com laudos, exames e documentação. Além disso, é importante destacar que o segurado deve manter o cadastro atualizado junto ao INSS, pois a convocação será feita por meio de carta, com aviso de recebimento. Após ser notificado sobre a necessidade de revisão no benefício o segurado terá cinco dias para agendar a perícias através da central de atendimento do INSS, no número 135.
A revisão nas aposentadorias por invalidez será realizada em quem tem menos de 60 anos e está há dois anos ou mais sem passar por perícia. Ficarão de fora da medida os maiores de 60 anos e quem tem 55 anos e já recebe o benefício há pelo menos 15 anos.
A convocação para atestar a necessidade do benefício é uma medida para reduzir os gastos com a folha de pagamentos de benefícios do INSS. Até agora, O pente-fino nos benefícios por incapacidade do INSS já gerou uma economia de R$ 2,6 bilhões para os cofres públicos e, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a economia pode chegar a R$ 10 bilhões.