A Copel concluiu recentemente a implantação da automação de redes mais complexa já configurada dentro de sua área de concessão. Com investimento superior a R$ 1 milhão, o sistema de reconfiguração automática em Guaraqueçaba, no Litoral, traz um arranjo técnico inovador que beneficiará 3.850 famílias, muitas delas produtoras de camarão e dependentes da energia elétrica para a refrigeração do produto. Com este, já são 248 sistemas automatizados na rede elétrica, em todo o Paraná.
A tecnologia é chamada de “self healing”, termo em inglês que indica a capacidade da rede de identificar e isolar a origem do desligamento, restaurando o fornecimento aos demais consumidores, sem a necessidade de interação humana. A implantação de sistemas desse tipo pela Copel teve início em 2017, após a execução de um projeto-piloto bem sucedido na região Sudoeste do Paraná, que apontou uma redução de 70% dos desligamentos no circuito testado.
Até o final deste ano, a solução estará presente em 400 pontos no Estado, como parte de um grande projeto que visa dotar de total confiabilidade as redes de distribuição da concessionária. O planejamento da Copel Distribuição prevê investimentos da ordem de 2,9 bilhões de reais na modernização e expansão das redes, entre 2020 e 2025.
De acordo com o diretor Maximiliano Andres Orfali, o resultado dos investimentos já começa a ser sentido pelos consumidores: “Iniciamos este ano com uma média próxima a um desligamento evitado, por dia, apenas com a implantação do sistema de reconfiguração automática. É uma nova era na operação de redes, que beneficia diretamente o nosso cliente”, avalia o diretor.
A empresa já opera de modo remoto todas as suas 374 subestações, e possui mais de 3 mil pontos automatizados na rede elétrica - chaves monofásicas e trifásicas que podem ser operadas de maneira remota ou evitam o desligamento das redes por causas transitórias.
De acordo com o superintendente de Smart Grid e Projetos Especiais da Copel, Julio Omori, a instalação do conjunto de equipamentos instalado recentemente no litoral paranaense foi um desafio vencido, seja pelas características geográficas da região - que exigiu interligação e comunicação entre os equipamentos em regiões de serra, mangue e ilhas -, seja pelas soluções tecnológicas necessárias, com um número maior de equipamentos de proteção e comunicação via satélite. “Este projeto foi inovador e exigiu um estudo de proteção bastante complexo, mas valeu a pena pela necessidade de atender uma área em que a localização de eventuais defeitos na rede era bastante difícil”, comenta.
da assessoria