Galian estava no sítio de familiares, na zona rural de Borrazópolis

Dono de uma extensa ficha criminal, Jean Ricardo Galian, conhecido como "Gordo", foi preso nesta quarta-feira (29) por uma força-tarefa organizada pela Polícia Militar do Paraná. Em 2005, Galian participou do furto milionário ao Banco Central de Fortaleza, ajudando a escavar o túnel que facilitou o crime, pelo qual ele foi condenado.

Com cinco mandados de prisão em aberto, expedidos pela Comarca de Araçatuba (SP), ele foi preso nesta manhã em Borrazópolis, região do Vale do Ivaí, em uma ação coordenada pelo 2º Comando Regional da PM e que teve a participação de aproximadamente 15 policiais do 10º Batalhão da PM e da 6ª Companhia Independente da PM.

Galian estava no sítio de familiares, na zona rural de Borrazópolis, e chegou a apresentar documento falso. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Faxinal. "Os trabalhos da equipe policial iniciaram na terça-feira (28) após uma abordagem a dois indivíduos que estavam em atitudes suspeitas dentro de um veículo blindado, uma Land Rover, em Mauá da Serra", conta o comandante do 2º CRPM, coronel Marcos Antônio Wosny Borba.

Os dois apresentaram documentos e foram liberados. Entretanto, após a liberação dos suspeitos foram feitas diligências, confirmado que o documento apresentado por um deles era falso e que o indivíduo era Galian. "A partir daí foi montada a ação deflagrada por volta das 6 horas da manhã desta quarta", acrescenta coronel Wosny.

ANTECEDENTES

Galian possui diversas passagens pelo sistema prisional brasileiro, principalmente pelos crimes de roubo e porte ilegal de arma de fogo. De acordo com informações veiculadas pela imprensa em 2006, Galian confirmou ter pagado mais de R$ 2,4 milhões para não ser preso pelo crime no Banco Central de Fortaleza, em depoimento prestado à Justiça Federal. Foi o maior assalto a banco da história do Brasil e considerado um dos maiores crimes do gênero no mundo.

Na época, Galian confessou ter sido um dos escavadores do túnel que deu acesso ao cofre do banco. Advogados dos réus disseram que muitos dos integrantes chegaram a ser presos e liberados, após pagamento de propina a policiais de São Paulo e do Ceará. Ainda na década de 2000, Galian foi preso outra vez, por escavar um novo túnel, com a intenção de chegar aos cofres de um banco no Rio Grande do Sul.

No Paraná, Galian já havia cumprido pena na Colônia Penal Agroindustrial, no Complexo Penitenciário de Piraquara, de onde fugiu em 1998. Em 2008, ele teve uma nova passagem pelo sistema prisional do Estado, antes de ser transferido para uma unidade penal em Guarulhos (SP).

Na última semana, Galian foi denunciado como autor de violência doméstica contra uma companheira no bairro Água Verde, em Curitiba. Na ocasião, ele também esfaqueou o porteiro do prédio. Desde então, ele estava foragido.

Com O Dia

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