Alceu Maron Filho

Nasceu em Curitiba no dia 07 de setembro de 1971.
De família parnanguara residiu e domiciliou-se no "Berço da Civilização Paranaense" - Paranaguá.
Casado com Geanelli Scremin Sant'Ana Maron com quem tem duas filhas a Marcella e a Aimée.
É formado no curso de Direito pela Universidade Federal do Paraná ( UFPR ), graduando-se em 1994.
Especializou-se em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, em Curitiba.
Já exerceu o cargo de advogado do Porto de Paranaguá.
Orador do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá.
Sua carreira política começou no ano de 2004, quando foi eleito Vereador pelo PTB à Câmara Municipal de Paranaguá, com 1446 votos.
Foi deputado estadual eleito com 31.268 votos, representando a região do litoral paranaense.

 

Nosso Paraná - Quem é Alceu Maron Filho?

Alceu Maron Filho - Filho de Alceu e Marilda de Mello Maron, cristão, brasileiro, 44 anos, casado com Geanelli Scremin Sant’Ana Maron, pai da Marcella e da Aimée, bacharel em Direito pela UFPR, advogado, residente em Paranaguá, na Vila Itiberê. 


Nosso Paraná - O que te assusta?

Alceu Maron Filho - O egoísmo.


Nosso Paraná - O que te motiva?

Alceu Maron Filho - O amanhã.


Nosso Paraná - Para Alceu Maron Filho quem é o verdadeiro Parnanguara ?

Alceu Maron Filho - Aquele que adora banana frita com café, que come caranguejo até à carcaça, toma uma “mãe cá filha” num baile de fandango bem tamancado, apaixonado pelo Rio Branco, critica mas não deixa “os de fora” criticar a terrinha, solta foguete no barreado do domingo de carnaval, não diz “câncer” e sim “doença ruim”, faz piada sobre a vizinha Antonina e tem certeza que o mundo começa no Farol da Barra e termina no pé-da-Serra do Mar!


Nosso Paraná - Sua maior referência na política, tirando o seu pai?

Alceu Maron Filho - Ninguém é perfeito na vida assim como na política. Independentemente da ideologia, procuro aprender com os aspectos positivos da trajetória política de De Gaulle, Juscelino, Mandela, Getúlio, Obama, Rui Barbosa, Brizola, entre outros...


Nosso Paraná - Como está Alceu Maron? 

Alceu Maron Filho - Aos 81 anos, participativo, articulado, autêntico e feliz, segue como exemplo de vida e de caráter para as pessoas que com ele convive. Meu pai é um presente de Deus pra mim!


Nosso Paraná - Como o senhor analisa a atual administração municipal de Paranaguá?

Alceu Maron Filho - O Edison Kersten tem se esforçado para acertar. Reconheço isso. Mas toda pessoa tem virtudes e desvirtudes. Como ponto positivo, a estabilização fiscal nas contas do município. A relação arrecadação/despesas está equilibrada. Entretanto, vejo que não consegue reagir a uma estrutura administrativa disfuncional desastrosamente alimentada há décadas em nossa cidade. Faltam ações efetivas que se antecipem a problemas, principalmente nas áreas de limpeza e de saúde, onde se tem grande expectativa porque o prefeito é médico. Além disso, o maior problema é que Paranaguá continua estacionada em relação aos grandes problemas de mobilidade que envolvem a atividade portuária na cidade, especialmente a entrada da cidade.


Nosso Paraná - Em 2016, ano de eleições municipais, existe a possibilidade do senhor ser candidato a prefeito?

Alceu Maron Filho - Desde 2014 não exerço mandato público. Tenho tocado minha vida privada me dedicando a atuar no mercado de geração de energia solar, que me parece muito promissor para os próximos 20, 30 anos no Brasil. Com relação à eleição deste ano, sou incentivado pelos meus eleitores e há convite do Partido Democratas para ser candidato a prefeito, já que hoje estou sem partido. Prometi que vou avaliar isso até as convenções partidárias, pois as eleições serão só em outubro e o povo (com toda razão) hoje está de saco cheio com política e políticos. Agora, vejo até o momento um quadro muito fraco de pré-candidatos a prefeito. Muito voluntarismo e pouco conhecimento das reais questões que são centrais no exercício do cargo de prefeito. Pré-candidatos que se preocupam em ocupar a mídia mas não formulam uma ideia concreta sequer. Dizer que há problemas aqui e ali até o macaco fala, mas não vejo estes pré-candidatos formularem uma solução sequer, talvez por não terem a menor ideia mesmo. Temo pela nossa cidade nas mãos desta gente. 


Nosso Paraná - Paranaguá é uma cidade marcada pela mídia Nacional, matérias como:
Paranaguá registra surto de cólera.
Paranaguá é a sétima cidade no Brasil e a primeira no Paraná em incidência de casos de HIV/AIDS. 
A vergonha da prostituição infantil a R$1,99.
Milhares de peixes mortos apodrecem na Baía de Paranaguá.
Paranaguá registra a primeira morte por dengue no Paraná em 2016.
Como um prefeito pode mudar esta situação que vem acontecendo há muito tempo com a nossa cidade?


Alceu Maron Filho - Paranaguá não é um município fácil de ser governado e historicamente falta solidariedade da União e do Estado. Aqui há área urbana sem integrações viárias a conviver com porto de movimentação gigantesca, ilhas às dezenas e colônias rurais com muitos problemas básicos.
O que um prefeito precisa ter em mente é se antecipar aos problemas, não esperar o caos. É agir, não apenas reagir! Quando acontecem tragédias como a da dengue, fico chateado em ver políticos dançando sob os escombros, se dizendo indignados mas gostando de ver o atual prefeito sendo linchado. A dengue é problema de todos, não só do prefeito. 


Nosso Paraná - Ficou evidente que o Prefeito adiou o Carnaval em Paranaguá sob pressão da opinião pública e grande clamor em redes sociais. Medidas emergenciais, em sua opinião, devem ser tomadas na última hora ou a sensatez deve ser o fator preponderante?

Alceu Maron Filho - O correto é governar ouvindo a população, seja conversando com as pessoas nas ruas, seja pela mídia e/ou redes sociais. Governar é via de mão dupla. Embora seja um folião convicto, não há clima para carnaval este ano. 
A auto estima da população está muito baixa e devemos priorizar esforços para conter a epidemia. Nisso, acertou o prefeito. No entanto, afora o gravíssimo problema dos maus costumes sanitários de uma parcela da população, vejo que faltou à administração preparar melhor a cidade para a epidemia que se sabia iminente. Só agora fizeram mutirão nos cemitérios municipais? 
O fumacê se era ruim porque passaram 2 meses apostando nele? Houve algum incremento na coleta de lixo antecipando-se à epidemia? Foi constituída estratégia especial para estes difíceis dias de dengue no sistema municipal de saúde? A dengue não é culpa da administração, mas a ausência de medidas antecipatórias, claro que é! 


Nosso Paraná - Grande parte da população afirma que Paranaguá é a terra do ‘Já teve?’ como o senhor se confronta com esta frase?

Alceu Maron Filho - Os fatos comprovam isso, infelizmente. Basta ver como estão o Palácio Visconde de Nacar e a Estação Ferroviária. Já tivemos quilômetros de praia continental. Em Paranaguá as coisas nos são subtraída ou deixam de existir e nem são substituídas. A cidade está perdendo qualidade a cada ano que passa, e não há reação nem da população nem da administração que deveria encampar esse processo de resgate do auto estima parnanguara.


Nosso Paraná - Águas de Paranaguá continua atendendo e operando no município em função de recursos na Justiça. O que o senhor acredita que pode acontecer neste cenário?

Alceu Maron Filho - Nas minhas duas campanhas passadas a prefeito fui muito claro. A CAB-Águas de Paranaguá nunca teve compromisso com a cidade e isso foi acompanhado com olhares muito complacentes das administrações municipais. Hoje entendo como o melhor caminho rescindir o contrato atual e promover nova licitação. Precisamos trazer empresa com mais capacidade financeira para os investimentos urgentes no saneamento básico dos bairros e baixadas. Chega de CAB-Águas de Paranaguá! Já deu!


Nosso Paraná - Transporte Público. O monopólio da Viação Rocio.

Alceu Maron Filho - O monopólio não é culpa das administrações e sim um fato de mercado. É um setor que, em qualquer lugar, é muito centralizado. Podem fazer 10 novas licitações e ganhará sempre a Viação Rocio, pois há poucas empresas do ramo e elas se combinam sempre a nunca uma invadir o espaço da outra. Quanto à qualidade dos serviços da Viação Rocio, acho que historicamente as administrações cobraram desta empresa menos do que previam os contratos. Precisa mão mais firme do administrador para não deixar a população de alguns bairros mais distantes sem ônibus. Empresa concessionária existe para lucrar, mas tem que lhe ser cobrado também os compromissos sociais com o povo mais pobre.


Nosso Paraná - A velha desculpa ( A cidade está assim em função da Administração Anterior) também será usada pelo senhor sendo prefeito de Paranaguá? O senhor não encara como um dos subterfúgios mais usados pelos administradores medianos? 

Alceu Maron Filho - Se o problema for de administração anterior, isto tem que ser dito ao povo. Mas isso não pode livrar a cara de quem é prefeito que tem a obrigação de dizer como irá resolver o problema e em que prazo. Em Paranaguá, infelizmente isto é muito comum...


Nosso Paraná - Existe algum governo no mundo, hoje, que pode ser considerado um modelo?

Alceu Maron Filho - Para ficar no Paraná, tenho prestado atenção em dois municípios Maringá e Cascavel. Não sei se são modelos, mas administram com mais austeridade e prestam serviços com mais qualidade às suas populações. Maringá gasta 40% do orçamento com pessoal. Paranaguá mais de 50%. É uma diferença abissal que engessa nosso município para novos investimentos. Não acredito que Paranaguá só possa ser administrada se tiver quase 30 “secretários” e com mais de 400 cargos comissionados. Claro que há espaço para enxugar isso e muito...


Nosso Paraná - Governo Beto Richa ?

Alceu Maron Filho - Esperava muito mais deste governo, principalmente em relação à nossa região e à educação.


Nosso Paraná - Governo Dilma?

Alceu Maron Filho - O pior governo da história republicana brasileira.


Nosso Paraná - Fale sobre sua experiência na Assembleia Legislativa ?

Alceu Maron Filho - Com 31.268 votos a população litorânea me honrou em exercer por 15 meses o mandato de deputado estadual onde procuramos vocalizar os interesses de Paranaguá e região. Levamos insistentemente à Assembléia e ao Poder Executivo a urgência de obras viárias no litoral como exemplo a duplicação da PR-407 e os Viadutos da Bento Munhoz da Rocha Netto e da entrada de Morretes, o que vemos se realizar agora. 

Incluímos Paranaguá entre as poucas cidades paranaenses com isenção de ICMS no diesel do transporte coletivo, participamos ativamente na regularização de centenas de imóveis no Ouro Fino e no Jd Jacarandá, na agilização da construção de casas populares no Porto Seguro, conseguimos verba reservada para a nova Delegacia que só não saiu porque a administração municipal não decidiu em que imóvel ela seria construída, enfim, tudo que pudemos diante das circunstâncias.

Enfim, pudemos mostrar que é importante termos um deputado genuinamente de Paranaguá que, articulado a outros deputados que fazem voto aqui, possa fazer os interesses da nossa população prevalecer. Pena que a autofagia política da cidade impede Paranaguá de ter cadeira na Assembléia. Por isso, nem me candidatei a deputado em 2014. O cara não foi vereador e já quer ser deputado? Não está pensando na cidade, né? Vai por aí... As muitas candidaturas só fazem prejudicar os reais interesses políticos da cidade.

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