Município tem 259 casos confirmados da doença
PMP

As ações contra a dengue em Paranaguá não sofrem paralisações durante o ano inteiro, contudo, no verão a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, se intensifica. Por isso, as medidas tomam maiores proporções e seguem uma atuação diferente. “Temos ampliado as atitudes em especial em bairros com maior índice de casos para tentar conter a disseminação do mosquito e da doença. Várias ações em conjunto com outras secretarias municipais ocorreram na Ilha dos Valadares, local com maior concentração de casos de dengue. Depois seguimos para a Ponta do Caju e Costeira que também apresentaram um número expressivo de notificações. Agora, estamos trabalhando o método de barreira na Vila São Jorge e Vila do Povo”, detalha o biólogo e agente de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Allan Ricardo Divardin.

Uma das maiores dificuldades no trabalho é a negativa de alguns moradores em permitir a entrada dos agentes de endemias nas residências. “O maior número de criadouros é justamente nas casas e essa impossibilidade de entrar nas residências para realização do trabalho de detecção de criadouros e orientação aos moradores, prejudica nosso trabalho. Pensando nisso, temos realizado as ações com os agentes de endemias acompanhados dos agentes comunitários de saúde, pois os moradores já os conhecem, facilitando assim, a entrada dos profissionais”, explica.

O trabalho é árduo. As equipes partem bem cedo para os bairros, visitando as casas, verificando a existência de criadouros e focos do mosquito enquanto outras equipes seguem com a bomba costal, realizando a aplicação do inseticida em especial no início da noite ou ao amanhecer para que o produto encontre sua eficiência máxima. “Infelizmente, ainda ocorre de agentes sofrerem agressões verbais ou serem mordidos por cães que não são adequadamente presos durante a visita domiciliar. Pedimos para que a população colabore com o nosso trabalho. Não estamos ali para julgar ninguém, apenas queremos orientá-los, eliminar criadouros e evitar que as pessoas fiquem doentes em decorrência da dengue”, lamenta Allan Divardin.

Com 259 casos confirmados, Paranaguá está no alerta médio para a doença, mas em alto risco climático. “Não temos tido chuvas e nossa preocupação é de que quando chover, muitos ovos eclodam aumentando o número de mosquitos circulantes. Precisamos nos preparar e necessitamos do apoio de todos para que verifiquem suas casas. Olhem as calhas, quintais, ralos e todos os outros recipientes que possam acumular água”, pede o agente de endemias.

SECOM

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