Casos em aves silvestres têm crescido no país com registros também no Litoral do Paraná

A Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e equipe do Cievs estiveram nesta segunda-feira, 26, na Ilha do Mel após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus). Anteriormente outros dois casos também foram confirmados em Antonina e Pontal do Paraná. “Estivemos no local onde a ave foi encontrada. A pessoa que tive contato direto com a ave e outras que estiveram próximas ao animal não apresentaram sintomas, mas serão monitoradas por 10 dias. Estamos acompanhando de perto a situação desde a suspeita da doença na ave silvestre”, informa a superintendente de Vigilância em Saúde, Marianne Gomes.

Na data também ocorreu uma reunião na sede da Secretaria de Saúde com a presença da secretária municipal de Saúde, Lígia Regina de Campos Cordeiro, o secretário municipal de Agricultura e Pesca, Antonio Ricardo dos Santos, a veterinária da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Marcela Budant Franco, o secretário municipal e Desenvolvimento Rural Sustentável de Alexandra e Demais Colônias, Oseias Bisson, a superintendente de Vigilância em Saúde, Marianne Gomes e o gerente regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), veterinário Elio Ricardo Creddo para debater medidas orientativas quanto à gripe aviária à população, dados relacionados à doença e medidas que deverão ser tomadas.

“A gripe aviária H5N1, altamente patogênica, é uma doença viral que afeta principalmente as aves, mas em casos raros pode ser transmitida aos seres humanos. É causada pelo vírus da influenza A subtipo H5N1. Estamos acompanhando e monitorando o cenário mundial, nacional, estadual e municipal e o Paraná tem três casos da doença em aves silvestres. As medidas de vigilância estão em andamento”, salienta Lígia Cordeiro.

“Como prevenção, é importante que a população não manipule aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença”, observa Antonio Ricardo dos Santos. Já o gerente regional da Adapar, Elio Creddo, reforça que as aves domésticas devem permanecer dentro das residências ou em locais fechados como galpões, por exemplo.

Casos suspeitos podem ser informados para a Adapar por meio do contato 3472-1003, para a Secretaria Municipal de Saúde [email protected], contato 3721-1830 ou ao Instituto Água e Terra (IAT) pelo número (41) 3422-8718.

H5N1

O vírus H5N1 foi descoberto pela primeira vez em aves em Hong Kong em 1997, é considerado altamente patogênico porque causa doença grave nas aves e tem uma alta taxa de mortalidade.

Conforme o Governo do Estado do Paraná, A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação. Os produtores e a população precisam ficar atentos aos sinais que as aves infectadas pelo vírus da gripe aviária apresentam.

O Governo Estadual também ressalta que a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Assim, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.

Pelo risco de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de Influenza Aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Adapar.

Até a manhã desta segunda-feira, a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade foi identificada em aves silvestres nos seguintes Estados: Espírito Santo (26 focos), Rio de Janeiro (13 focos), Rio Grande do Sul (1 foco), São Paulo (3 focos), Bahia (3 focos) e Paraná (1 foco), totalizando 48 focos em todo o País.

Jornalista: Flávia Adans/SECOM

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