Na disputa de 2010, a Odebrecht repassou R$ 200 mil para a campanha de Beto Richa.

O Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta quarta (15), nomeou o governador do Paraná Beto Richa (PSDB) entre os governadores que estão na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviada ontem (14) ao Supremo Tribunal Federal com pedido para abertura de ação penal.

O nome do governador paranaense surgiu em delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht. De acordo com planilhas apreendidas pela Polícia Federal, o tucano recebeu propina na campanha de 2010 por meio de doações de empresas “laranjas” ligadas ao ramo de cervejas.

Richa emitiu nota dizendo desconhecer os motivos da citação do nome dele nas delações porque, segundo ele, as doações de campanha ocorreram dentro da legalidade.

“Desconheço o contexto no qual tive meu nome citado. Todas as minhas campanhas tiveram a origem dos recursos declarada à Justiça Eleitoral”, diz a nota do tucano.

Na disputa de 2010, a Odebrecht repassou R$ 200 mil para a campanha de Beto Richa.

Se uma nova ação penal for aberta contra Beto Richa, a mesma deverá tramitar no STJ — que é a corte competente para julgar governadores. Ele já réu numa investigação de corrupção na Receita Estadual, oriunda da Operação Publicano, que, de acordo com o Ministério Público, causou prejuízo de R$ 2 bilhões ao tesouro paranaense.

Os outros governadores incluídos nos mais de 320 pedidos feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF são os peemedebistas Renan Filho (Alagoas) e Luiz Fernando Pezão (Rio de Janeiro) e os petistas Fernando Pimentel (Minas Gerais) e Tião Viana (Acre).

Blog do Esmael / Gazeta do Povo

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