Depois da Portos do Paraná levar a peça teatral “O Velho, o Burro e o Manguezal” a todas as escolas localizadas nas comunidades ilhadas, as apresentações agora seguem em Antonina e Paranaguá na segunda e quarta-feira (23 e 25). É mais uma ação que acontece dentro do Programa de Educação Ambiental da empresa pública, executado no âmbito do licenciamento federal conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O coordenador de Sustentabilidade da Portos do Paraná, Pedro Pisacco Cordeiro, explica o motivo da escolha da peça. “É um tema que trata da importância da conservação e manutenção dos manguezais. Traz para as crianças, através de um ambiente lúdico, a importância dessas áreas tão sensíveis e tão importantes para a conservação marinha e também terrestre”, diz.
Nesta quarta-feira (18), o ator Rogério Soares, da Companhia Povaréu Bonequense de Teatro, apresentou a peça na Escola Municipal Octávio Secundino, no Portinho, em Antonina. Duas outras apresentações já aconteceram na cidade, nas escolas Maria Rosa Cecyn e Dr. Miranda Couto. Ao todo, cerca de 190 crianças em Antonina divertiram-se aprendendo sobre a importância de conservar os manguezais.
A peça é apresentada com o auxílio de diversos bonecos que vão surgindo pouco a pouco no cenário, de acordo com o desenrolar da história. No começo as crianças descobrem a sujeira no manguezal quando o personagem “Velho” pesca um amontoado de lixo. Depois, descobrem que daquela maneira o manguezal não sobrevive, que é preciso preservá-lo.
“É interessante a reação das crianças, a quietude, elas não extravasam tanto, exatamente pela novidade que é muito grande. Algumas nunca assistiram uma peça de teatro. É uma sementinha que estamos plantando. Ainda mais em um tema como esse, o cuidado com o meio ambiente”, salienta Soares, que também é responsável pelo texto e direção da obra.
IMPORTÂNCIA
Segundo a diretora da escola Octávio Secundino, Edilaine Alves Pinheiro Silva, esse tipo de ação e muito importante, principalmente no bairro, que é bastante carente. “Quase 90% das crianças nunca tiveram acesso a um teatro ou cinema. É fundamental que venham até a escola esses programas que incentivam a criatividade, aquele mundo imaginário que aflora”, diz.
As amigas Isabela Vitória Santos Ferreira e Maria Julia do Rosário, de nove anos, que cursam a 4ª série, aprovaram o teatro. Segundo elas, aprenderam que não se pode jogar lixo no mar e em mangues, porque prejudica os animais que ali vivem e se reproduzem.
Já Henrique Veloso Miranda, também de nove anos, curtiu mesmo as músicas da peça teatral. “Quando o moço canta é a parte mais legal, faz a gente entender que não pode jogar plástico no mangue”, afirma.