Passa de 300 o número de mortos no terremoto de magnitude 7,3, ocorrido no domingo (12) na fronteira entre o Iraque e o Irã. Apenas no Irã pelo menos 207 pessoas morreram e outras 1.686 ficaram feridas, segundo informou o vice-presidente da Organização de Gestão de Crises do país, Behnam Saidi, em declaração reproduzida pelo G1.
Mais 4 mortes foram confirmadas no Iraque e o número deve aumentar nos dois países, conforme o vice-ministro de Saúde do Irã, Qasem Yan Babaie, anunciou à agência de notícias IRNA.
O terremoto, cujo epicentro teria sido a 22 km da cidade iraquiana de Derbendîxan e a 52 km da cidade iraniana de Sarpol-e Z̄ahāb, foi sentido às 21h18 (horário local, 16h18 em Brasília) em várias províncias das duas nações. Kermanshah foi apontada como a mais atingida do Irã, deixando 90 vítimas. Os povoados de Ghasr Shirin, Sarpul e Azgale também estão entre os mais atingidos do país.
Além do Irã e do Iraque, o tremor ainda foi sentido em outros países, mais precisamente na Turquia, nos Emirados Árabes Unidos e em Israel. Nos dois primeiros países, onde o fenômeno foi sentido com maior intensidade, muitas cidades tiverem a eletricidade cortada por conta do desastre. O receio de réplicas do teria levado moradores das regiões mais afetadas para as ruas, à procura de lugares abertos como parques, mesmo diante das baixas temperaturas.
O representante da Cruz Vermelha no Irã, o Vermelho Crescente, afirmou que mais de 70 mil pessoas necessitam de alojamento de emergência, de acordo com o G1. O governo da região autônoma do Curdistão, no Iraque, também teria se pronunciado sobre o assunto, informando que além das quatro vítimas fatais pelo menos mais 500 estão feridas somente na província de Suleimaniya.
Ainda segundo o portal, o Irã estaria situado em uma área de grandes falhas geológicas, o que o torna um dos países com mais abalos sísmicos no mundo. Um outro desastre ocorrido em 2003, um terremoto de magnitude 6,6, deixou aproximadamente 26 mil mortos e destruiu a cidade histórica de Bam.