A exemplo da manifestação de setembro do ano passado em São Paulo, militantes pretendem ir às ruas para gritar "Fora Temer" e protestar contra a reforma da Previdência

A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, que estiveram na linha de frente dos protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT), anunciaram a convocação de manifestações contra o governo de Michel Temer (PMDB) para o dia 15 de março. Os atos devem acontecer em todas as capitais estaduais e em Brasília. 

Segundo a organização, em São Paulo o protesto deve começar no fim da tarde da quarta-feira (15), mas o local ainda não está definido. 

De acordo com Raimundo Bonfim, coordenador da Frente Brasil Popular, ele deve partir da Praça da Sé ou da Avenida Paulista, para unir-se com protesto de professores marcado para o mesmo dia. 

De acordo com comunicado enviado pelos movimentos na semana passada, a manifestação tem como pauta a reforma da Previdência e a convocação de eleições diretas. 

"O ato tem foco na reforma da Previdência, que na nossa opinião é o retrocesso mais grave", afirma Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), um dos grupos que integra a Povo Sem Medo. "Estão fazendo a toque de caixa, essa reforma é desastrosa." 

Além de manifestações pelo país, as frentes afirmam que haverá paralisações de diversas categorias no mês de março. "Não é uma ação única, serão semanas de intensa mobilização", diz Bonfim. 

Um acampamento do MTST, por exemplo, foi montado há cerca de uma semana na frente da sede da Presidência em São Paulo, na avenida Paulista. 

De acordo com Boulos, os atos encamparão outras críticas ao governo, como a indicação de Alexandre de Moraes para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, que chamou de "escandalosa". 

Em 2016, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, compostas por diversos movimentos sociais, como MTST, Central de Movimentos Populares) e CUT (Central Única dos Trabalhadores (CMP) organizaram uma série de protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff e contra as reformas propostas pelo governo Temer.

Angela Boldrini

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