Oito pessoas, suspeitas de integrarem uma quadrilha especializada no desvio de cargas do Porto de Paranaguá, no Litoral do estado, foram conduzidas à delegacia durante a “Operação Rastro”

A ação do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM) e do Departamento de Inteligência do Paraná (Diep), contou com a participação do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Polícia Civil.

Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos cerca de 35 toneladas de produtos diversos como soja, fertilizantes e adubo, além de três armas de fogo (duas garruchas e uma espingarda), 17 munições de diferentes calibres, 37 vidros de palmito clandestino e 11 gramas de maconha.

Em uma coletiva em Paranaguá, o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, relacionou a atividade da quadrilha com outros crimes. “Todo o crime na região está ligado. Combatendo o furto e receptação, que foi o alvo principal dessa operação, chegou-se também ao combate a crimes ambientais, porte ilegal de armas e tráfico de entorpecentes”.

“A prisão deste grupo significa um duro golpe nesta prática criminosa que causava um grande prejuízo às empresas e também outros transtornos. A investigação fez com que os integrantes desta quadrilha fossem presos, além da apreensão de armas de fogo, munições e produtos sem comprovação de origem”, explica o Comandante do 9º BPM, tenente-coronel Nivaldo Marcelos da Silva. Ainda segundo o tenente-coronel Nivaldo, a prática da quadrilha está relacionada também com outros crimes, como o tráfico de drogas. 

INVESTIGAÇÃO - Segundo Comandante da Força Tarefa do DIEP, capitão Luiz Alexandre Murbach Soares, a investigação iniciou-se após informações repassadas pela direção da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). “Foi verificado que as quadrilhas roubavam as cargas de grãos durante a noite no momento em que o motorista dormia ou quando os caminhões trafegavam pela cidade em velocidade baixa”, explica.

Segundo a investigação, os suspeitos rompiam alguns pontos de descarga (bicas), que ficam na parte traseira dos caminhões, derramando grande parte da carga pela rua sem que o motorista percebesse. Em seguida o grupo recolhia parte da carga e armazena em depósitos clandestinos existentes nas imediações do porto.

“A investigação durou cerca de três meses e contou com o apoio da Agência Local de Inteligência do 9º BPM. Cumprimos os mandados em galpões que estavam sendo usados como depósito do material roubado e ou furtado, sendo o produto comercializado posteriormente”, explica o capitão Murbach.

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