Profissionais estão trabalhando no telhado e o processo imunizada e hidratada as madeiras de Itaúba

“É uma obra complicada. Tem que ter muita paciência”, disse o pedreiro e morador da Ilha dos Valadares, Ricardo de Andrade Porto

“É uma obra complicada. Tem que ter muita paciência”, disse o pedreiro e morador da Ilha dos Valadares, Ricardo de Andrade Porto PMP

A obra de restauração do prédio da Estação Ferroviária está na fase da cobertura. O telhado está sendo feito com madeira itaúba que foi imunizada e hidratada. 

De acordo com o responsável pela parte de carpintaria, Antonio Carlos Barbosa, a estrutura estava muito deteriorada e o trabalho começou com a recuperação das esquadrias de madeira e execução do telhado. “O telhado foi feito por um arquiteto de Curitiba e trata-se de um projeto complexo. Não é um telhado comum, pois divide-se em dois telhados, o que exige muita madeira e muito trabalho especializado”

Todos os carpinteiros e ajudantes de pedreiro que trabalham na obra são de Paranaguá. Eles não tinham a experiência de trabalhar com patrimônio histórico, mas passaram por treinamento e conhecimento das normas regulamentadoras que são obrigatórias na construção civil. “O restauro é mais complexo e demorado”, explicou o engenheiro.


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PMP

O grupo recebe acompanhamento diário em função da complexidade da obra. “Ela começa de dentro para fora. Estamos fazendo o telhado para depois seguir para a restauração das paredes e outras etapas. O restauro em geral é demorado”, confirmou Barbosa.

Na recuperação do telhado, a equipe fez um trabalho de tratamento das madeiras. A madeira do telhado recebeu pintura com tinta retardante de chamas, o que significa aumentar o tempo que a madeira começa a ser corroída pelo fogo e desta forma a tinta tem uma micragem na composição e esta queima primeiro. Este tempo a mais pode ser suficiente para salvar muitas vidas ou reduzir os estragos enquanto o Corpo de Bombeiros não apaga o incêndio.

O canteiro de obras conta com o trabalho do pedreiro Ricardo de Andrade Porto. Ele é da Ilha dos Valadares e diz que é um orgulho participar deste restauro. “É uma obra complicada e é difícil demais. Tem que ter muita paciência”, confirmou 

Ronald Lofredo Júnior coordenador da obra pela Pires Giovanetti Guardia Engenharia e Arquitetura Ltda, empresa responsável pela restauração, explica que depois da limpeza, foi feita a retirada de vidros quebrados, esquadrias danificadas e quilos de entulho. Foi feito um reforço estrutural para estabilizar o prédio para, então, começar a cobertura.

“Iniciamos o trabalho em abril deste ano e explicamos à Prefeitura que não havia condições de fazer em 8 meses. Este tipo de obra é complexo e demorado e é desenvolvido nos detalhes. O objetivo da empresa é finalizar a obra em 2018”, reforçou Lofredo.

Nesta semana o prefeito Marcelo Roque, acompanhado do secretário de Planejamento, Sílvio Loyola, estiveram no local acompanhando os trabalhos.

Com informações da SECOM

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