Dois pedidos de impeachment contra Michel Temer devem ser apresentados pela oposição ao governo nesta segunda (28), segundo informações da Folha de S. Paulo.
Um deles, do PSOL, será protocolado pelo líder do partido na Câmara, Ivan Valente (SP), que considera a crise Calero um caso claro de crime de responsabilidade por descumprimento à lei de improbidade. "Temer constrangeu e ameaçou um funcionário subordinado, o que prova que estava arbitrando em favor de Geddel", disse Valente.
O presidente admitiu, em entrevista coletiva no domingo (27), que "arbitrou conflito" entre Geddel Vieira Lima e Marcelo Calero. Próximo ao núcleo duro do governo, Geddel pressionou Calero, então ministro da Cultura, para obter a liberação de uma obra em Salvador, de um condomínio onde ele havia comprado um apartamento na planta. A área próxima é tombada pelo Iphan e Temer teria aconselhado Calero a enviar a discussão para a Advocacia Geral da União.
O outro pedido de impeachment deve ser assinado por movimentos sociais, capitaneado pelo senador Lindbergh Farias (PT). Ele acredita que Temer praticou advocacia administrativa e um possível tráfico de influência.