Apoiado pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Moura era o nome defendido por partidos como PP, PR e PSD.
Fiel da balança na votação do impeachment de Dilma Rousseff, o grupo chegou a levar a Temer durante a manhã uma lista com 300 nomes que apoiavam a condução de Moura para a liderança.
Moura é um dos expoentes da tropa de choque que tenta barrar a cassação de Cunha no Conselho de Ética e chegou a ser chamado de "lambe botas" do peemedebista pelo petista Paulo Teixeira (SP).
Seu principal rival era Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tinha entre seus cabos eleitorais Moreira Franco, secretário-executivo de Parcerias do governo e um dos principais articuladores de Temer.
O "centrão" não admitia que um nome da antiga oposição ocupasse o posto. Esses partidos estudam a possibilidade de formar um "blocão" de apoio a Temer.
O líder do governo na Câmara é, em linhas gerais, o responsável por negociar em nome do Palácio do Planalto os temas de interesse do presidente da República.