A população deve manter a rotina de vistoria semanal e eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti.
“É provável que ainda não tenhamos atingido o pico da epidemia neste período epidemiológico. Verificando a série histórica, isso acontece na primeira quinzena de abril. Então, a mobilização precisa continuar”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.
Segundo ela, o número de casos da doença e de cidades em epidemia deve continuar aumentando, como ocorreu em anos anteriores. Por isso, ela alerta a necessidade de separar pelo menos um dia na semana e fazer o checklist da dengue em casa.
BOLETIM – No informe técnico divulgado nesta terça-feira (15) o número de casos de dengue confirmados no Paraná teve um aumento de 34%. Agora são 14.275 casos distribuídos em 271 municípios do Estado. Os números de chikungunya e zika agora estão em 32 e 129, respectivamente.
Dos 3.612 casos de dengue a mais do que na última semana, 1.547 foram em Foz do Iguaçu. As novas confirmações do município foram realizadas com a tecnologia Multiplex, do Laboratório Central do Estado (Lacen/PR), o que ocasionou um aumento significativo.
O número de municípios em epidemia passou de 30 para 31. Santa Cecília do Pavão passou a fazer parte da lista neste boletim. A quantidade de cidades em alerta para epidemia também ficou maior, passando de 21 para 34 municípios que apresentam de 100 a 300 casos de dengue a cada 100 mil habitantes.
No total, a Secretaria da Saúde confirmou 19 óbitos por dengue confirmados neste período epidemiológico. São 14 mortes em Paranaguá, duas em Foz do Iguaçu, uma em Antonina, uma em Curitiba e a última em Maringá. Seis casos ainda estão em investigação. Secretária de Saúde do Estado do Paraná
ATÉ SETE DIAS - O desenvolvimento do mosquito, do ovo até a forma adulta, leva de três a sete dias. Esse período varia de acordo com a temperatura e quantidade de chuvas na região. “Se o intervalo para limpeza dos domicílios ou comércios for maior do que uma semana, o cidadão estará permitindo que o mosquito nasça”, afirma Cleide.
“O Aedes está cada vez mais adaptado ao ambiente urbano. Eles preferem os locais onde a quantidade de pessoas é maior. Dessa maneira, as fêmeas têm maior facilidade para alimentação e mais opções de criadouros para desova”, conta a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue, Themis Buchmann.
Themis também fala que o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde noo número de casos de dengue confirmados no Paraná teve um aumento de 34%. Agora são 14.275 casos distribuídos em 271 municípios do Estado. Os números de chikungunya e zika agora estão em 32 e 129, respectivamente. Estado mostra que mais de 70% dos criadouros do mosquito estão em residências. “Isso confirma que o combate à dengue, zika e chikungunya é uma tarefa de toda população paranaense”, finaliza.
EMPRESAS – As empresas no Paraná também estão envolvidas no combate à dengue. Na última sexta-feira (11), a Caixa Econômica participou do Dia Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti. O movimento envolveu autoridades municipais, colaboradores da instituição e clientes.
Os participantes receberam instruções e informações sobre cuidados que devem ser tomados em suas casas, condomínios, ruas e locais de trabalho. As orientações também foram multiplicadas entre vigilantes, serventes, estagiários e recepcionistas.
No Litoral, a agência de Paranaguá recebeu a ação.
PALESTRAS - Para sensibilizar maior número de pessoas, técnicos da Secretaria estadual da Saúde participam de eventos para falar dos riscos da dengue, zika e chikungunya. Na última semana, funcionários do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR) assistiram uma palestra sobre o tema. No início do mês, a Secretaria da Saúde também participou de um seminário da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura do Paraná que reuniu pescadores, empresários e pessoas ligadas ao setor da pesca no Estado.