Levantamento da Contrasp mostra que em 2016 estado sofreu 208 ações contra bancos, carros-fortes e lotéricas, ficando atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais

O Paraná é o terceiro estado mais perigoso em relação a ataques a bancos, carros-fortes e lotéricas no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp). Em 2016 o estado sofreu 208 ataques a bancos, carros fortes e lotéricas – entre assaltos, tentativas e arrombamentos – o que corresponde a quase 10% de todos os 2.147 ataques registrados no Brasil. Este número só não supera os casos registrados em São Paulo e Minas Gerais. Em 2015, foram registrados 244 ataques a instituições paranaenses. Naquele ano, porém, o estado era o quarto no ranking dos mais perigosos, atrás de São Paulo Minas Gerais e Rio Grande do Sul. 

Segundo dados repassados pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, em 2017 já foram registrados 30 assaltos a caixas eletrônicos, sendo 22 explosões e 8 arrombamentos (sem explosivos), e 8 assaltos a banco. 

BANCÁRIOS

Sobre o ataque registrado em Andirá na madrugada de quarta-feira, quando um grupo fortemente armado explodiu caixas eletrônicos de uma agência bancária, o diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio, Carlos Alberto Martins, informou que a agência daquele município atende a lei ao manter três seguranças. "Nossa preocupação é que as agências especializadas estão vindo para o interior, essa é a segunda vez que a mesma agência é roubada em pouco tempo", lamenta, lembrando que no primeiro roubo a quadrilha usou maçarico. "Eles são especializados e não se preocupam com as câmeras", denuncia. Segundo ele, o sindicato deve fiscalizar a agência quando a mesma for liberada pela polícia para voltar a funcionar, para verificar se o prédio está em boas condições para o trabalhadores retornarem. 

A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) foi procurada para esclarecer sobre as medidas que deve tomar para coibir as ações da quadrilha especializada em ataques a bancos. Por meio de nota, a Sesp apenas informou que todos os crimes relacionados a assaltos a agências bancárias e a caixas eletrônicos são monitorados e contam com o apoio do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) nas investigações e ações desenvolvidas, por meio de uma força-tarefa composta por policiais civis e militares. Ainda de acordo com a assessoria da secretaria, a força-tarefa já desencadeou várias operações a respeito - e continuam atentos para isso.

Carolina Avansini - Reportagem FW

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