As quartas de final do Campeonato Paranaense começaram empolgantes. Em quatro jogos, foram marcados 12 gols, com confrontos equilibrados, exceto em Cascavel, onde o Coritiba passou por cima dos donos da casa e praticamente já garantiu a classificação. No entanto, o que tinha tudo para ser animado virou preocupação e o Estadual, neste momento, ainda depende de decisões dos tribunais, que sairá nesta quinta-feira (6), às 10h30, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para saber o que acontecerá daqui para frente.
Independentemente do que estão fazendo em campo, os clubes ainda aguardam o julgamento do J. Malucelli, por conta da escalação do atacante Getterson no ínicio do Paranaense. O Jotinha pode perder novamente os 16 pontos, o que acarretaria em muitas mudanças na tabela, podendo seguir para dois caminhos.
O primeiro seria cancelar todas as partidas das quartas de final, uma vez que com o Caçula de fora, o Rio Branco entraria no G8, mudando todos os confrontos do mata-mata, com as equipes seguindo por caminhos diferentes. O segundo seria a simples eliminação do J. Malucelli, com o Londrina automaticamente passando para a semifinal, mesmo que em campo não consiga reverter a derrota.
Porém, neste caso, o Rio Branco pode pleitear a vaga no G8 e gerar um novo problema no tapetão. No momento, por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), os resultados do confronto entre J. Malucelli e Londrina não podem ser homologados até que o próprio STJD julgue o caso. Uma reviravolta que aconteceu no sábado (2), dois dias depois de o presidente do Superior Tribunal, Ronaldo Placente, ter recusado o pedido de Toledo, Rio Branco e Foz do Iguaçu para que a competição fosse paralisada enquanto a situação não fosse definida. A mudança foi uma cartada do Toledo, interessado diretamente no rolo, uma vez que se o Jotinha for punido, o Porco escaparia do rebaixamento.
Uma bagunça que deixou confuso até mesmo quem não está diretamente ligado ao problema do J. Malucelli, mas que também pode ter problemas lá na frente caso a tabela seja alterada.
“Ontem (sábado), quando chegamos para o almoço, falaram que não teria jogo e que voltaríamos para Curitiba. Depois do almoço falaram que iríamos jogar. Infelizmente, o Campeonato Paranaense este ano foi muito bagunçado. Falaram até que nosso jogo pode nem valer nada, os confrontos podem mudar. A gente vem para um jogo onde nós temos que nos motivar, porque a competição não te ajuda nessa motivação. Vamos ver se nessa semana tudo se resolve e ano que vem a Federação e os clubes possam organizar um campeonato melhor”, disparou o atacante Kléber, do Coritiba.
Coube aos treinadores das equipes evitar que os problemas burocráticos interferissem na preparação para os jogos, que, na teoria, são os que estão valendo.
“As informações, quando chegam e de alguma forma não são oficiais, claro que os atletas ficam na dúvida, mas rapidamente ficamos cientes do que estava acontecendo. Não podemos deixar isso atrabalhar, temos que blindar nossos atletas e focar no trabalho. Não cabe a nós discutir esses assuntos jurídicos”, disse Pachequinho, comandante do Coxa.
“Nós vamos trabalhar em cima do nosso planejamento como se tivesse jogo. Vamos treinar nossa equipe, esperando o jogo de sábado. Com relação a fatores extra-campo não temos nada a fazer e temos que esperar a decisão dos responsáveis”, acrescentou Bruno Pivetti, auxiliar-técnico do Atlético.
Fonte: Tribuna