O goleiro Bruno foi apresentado nesta terça-feira como jogador do Boa Esporte. Em sua primeira coletiva, houve muita confusão entre os repórteres e a diretoria do time de Varginha-MG, que queria impedir perguntas não relacionadas ao futebol. Os jornalistas confrontaram e as fizeram mesmo assim, mas o jogador se recusou a responder.

"Não vou responder essa pergunta", disse, ao ser questionado se achava que merecia vestir novamente a camisa de um time de futebol após ser condenado em 2013 pelo assassinato e esquartejamento de Eliza Samúdio, sua ex-namorada.

"Estou muito feliz pela oportunidade dada, eu acho que as pessoas às vezes elas cobram muito a pessoa pelo o que acontece no passado. O Boa está abrindo as portas para mim, eu estou muito motivado", disse o goleiro na entrevista.

A assessoria do clube havia informado que apenas perguntas relacionadas ao futebol seriam respondidas. Logo a primeira pergunta já havia gerado um mal estar na coletiva. Ao ser questionado se ele achava digno voltar a vestir a camisa de um clube, Bruno foi curto ao dizer que não iria responder o jornalista.

O goleiro disse estar vivendo uma experiência única e que estava se preparando para essa oportunidade "há muitos anos". Ele disse que sua esposa, Ingrid Calheiros, foi a pessoa que mais o motivou a voltar aos gramados.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de voltar à cadeia após o julgamento em turma do habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ou pelo julgamento do recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Bruno disse que "ninguém fecha as portas abertas por Deus". 

Seleção

Bruno também foi perguntado sobre uma possível ida à seleção. Confiante, ele disse que se dedicará e que deixará isso (a convocação) acontecer naturalmente. 

Patrocínios

Apesar da saída dos patrocinadores nos últimos dias, Bruno foi apresentado com a camisa que ainda estampava as marcas apoiadoras do clube. O presidente do Boa, Rone Morais, disse que espera fechar o patrocínio máster até na próxima semana. 

Redação NP