Sistema de seleção para instituições públicas divulga diariamente nota mínima para classificação; nas primeiras 16 horas, 974 mil estudantes se inscreveram.

As vagas ofertadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tiveram aumento de 22.557 oportunidades em comparação ao ano passado. Ao todo, os candidatos podem utilizar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para tentar uma das 228.071 vagas, distribuídas em 131 instituições públicas e 6.323 cursos participantes. Os alunos podem se inscrever para duas opções de vagas de cursos e/ou instituições diferentes. As inscrições começaram às 00h do dia 11 de janeiro e vão até o dia 14. O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, informou durante coletiva de imprensa, em Brasília, que nas primeiras 16 horas de inscrições, foram 974.151 inscritos, com mais de 1,8 milhões de inscrições, com uma média de 100 mil acessos por minuto. Para o ministro, a divulgação das notas de corte de cada curso e cada instituição fazem parte de uma estratégia para que os alunos se inscrevam de forma mais organizada. As notas de corte são atualizadas todas as noites, a medida em que mais alunos fazem a inscrição em determinado curso e o aluno pode trocar as opções para vagas em que tenha mais chance até o último dia de inscrição. “Já fazemos primeiro a inscrição no Sisu, depois no ProUni, depois no Fies para que os alunos possam tentar primeiro uma vaga em instituição pública. Agora, disponibilizamos a nota de corte para cada curso e instituição para que o aluno conheça o contexto e possa construir melhor a sua estratégia de acessar o ensino superior”, disse. As inscrições do Programa Universidade para Todos (ProUni) serão do dia 19 a 22 de janeiro, enquanto as inscricões para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) irão do dia 26 a 29 de janeiro. Neste ano, o participante também terá mais opções de municípios para a escolha. Desde 2010, o número de municípios com oferta de vagas cresceu 208%, chegando a 555 cidades em 2016. Do número total de vagas, 39,5% são ofertadas na região Nordeste que, segundo Mercadante, concentra grande parte da população brasileira, mas tem baixa participação no Produto Interno Bruto (PIB) do País.

“A oferta de vagas deve ser maior em locais onde há maior necessidade, como por exemplo, no Nordeste, onde estão 99.110 mil vagas para o Sisu. Antigamente, para tentar uma universidade em outro estado, o aluno tinha que viajar para fazer o vestibular. Agora, com a oferta em todo o Brasil, o participante pode tentar em qualquer localidade, o que ajuda a integrar mais ainda o País”, comentou. O número de vagas para a Lei de Cotas será de 42,9% do total de vagas, enquanto outras 7,4% das vagas totais são reservadas para ações afirmativas das próprias instituições. Em universidades e institutos federais, as vagas para cotistas representam mais da metade, o que o ministro considera de grande importância para garantir o acesso igualitário ao ensino superior e apresentou dados sobre o desempenho de alunos cotistas e de ampla concorrência de um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “O aproveitamento dos cotistas tem sido próximo ou ligeiramente melhor do que os ingressantes de ampla concorrência. Quando o aluno vê uma oportunidade que ele não tinha antes, ele agarra com força. Isso desmistifica a ideia de que cotistas teriam notas mais baixas do que os outros alunos”, afirmou o ministro. Enem: 1,3 milhão com nota acima de 600 na redação O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, considerou positivo o resultado do Enem, em que mais de 1,3 milhão de participantes que fizeram a redação tiraram nota igual ou superior a 600. O ministro também destacou os 104 candidatos que tiraram a nota máxima, 1.000 pontos, na redação cujo tema foi a persistência da violência contra a mulher no Brasil. “Com certeza é algo histórico na trajetória da prova do Enem. O tema da redação teve grande aceitação e foi muito importante para o País. Não só porque colocou os milhões de participantes para pensar sobre o tema, mas porque reforça as ações do País contra a tragédia que é a violência contra a mulher”, explicou Mercadante. O ministro também comentou que 55 redações foram sobre relatos de violência presenciada ou sofrida de agressões contra mulheres, o que fez o MEC procurar o Ministério Público. “Nós não podemos expor essas pessoas, portanto não vamos entrar em contato ou registrar denúncia. Mas colocamos à disposição informações sobre como denunciar casos de agressões e deixar claro que a denúncia será tratada com o mesmo sigilo que o Ministério da Educação tratou esses textos”. Ao todo, mais de 4 milhões de inscritos no Enem acessaram suas notas e, como a prova pode ser também utilizada para certificação do ensino médio, um total de 5,8 milhões de participantes fizeram pelo menos uma área de conhecimento nas provas do Enem. Ministério da Educação

Deixe o seu comentário