O projeto será realizado em Paranaguá e Maringá, por serem consideradas pelos cientistas e pesquisadores as cidades mais críticas em relação a epidemia de dengue no Estado

Foi realizada na tarde desta Segunda-feira (31/10), uma reunião na sede da empresa Forrest Innovations, localizada no Aeroparque, uma reunião entre os responsáveis pela empresa e uma Comissão Popular, para discutirem assuntos relacionados ao projeto do mosquito biologicamente modificado e seus respectivos esclarecimentos.

Participaram da reunião diretores da empresa e líderes locais.

Esse projeto-piloto, é de responsabilidade da empresa privada Forrest Innovations em parceria e acompanhamento da Tecpar, que por sua vez, está captando os recursos financeiros através do Governo Federal, por intermédio do Ministério de Ciência e Tecnologia e do Ministério da Saúde.

Em um primeiro momento, a empresa Forrest Innovations entrou em contato diretamente com a Prefeitura Municipal de Paranaguá, que por sua vez, não considerou a possibilidade de viabilização do projeto, alegando não ter recursos financeiros suficientes para bancar tal empreitada. Sendo assim, a empresa entrou em contato com o Governo do Estado, que enfim concretizou o projeto sem qualquer despesa para o município de Paranaguá.

Esse projeto será realizado nas cidades de Paranaguá e Maringá, por serem consideradas pelos cientistas e pesquisadores as cidades mais críticas em relação a epidemia de dengue no Estado do Paraná e principalmente pelo número absurdo de mortes em Paranaguá. Cidades como por exemplo Açaí, com aproximadamente 18 mil habitantes e que tiveram mais de 2 mil casos de dengue, ficaram de fora desse projeto.

O Laboratório-móvel, que localiza-se na parte central do Aeroparque, já possui endereço fixo, porém, ainda aguarda a licença prévia junto ao IAP, para a devida liberação de água e energia elétrica. Depois disso, será solicitada a Licença de Instalação junto a Secretaria de Meio Ambiente.

O projeto consiste basicamente na esterilidade dos mosquitos machos, através da alimentação das larvas, que será composta por ração de peixe e ácido ribonucléico. Essa técnica desenvolvida por cientistas americanos em 1998, e que rendeu aos mesmos o Prêmio Nobel de Medicina em 2006, garante a esterilidade em 100% dos mosquitos testados, lembrando que somente a mosquito fêmea se alimenta de sangue, o macho é vegetariano e alimenta-se basicamente do néctar de plantas.

Esses mosquitos biologicamente modificados, serão lançados na natureza por um avião especial para esse tipo de operação, que possui capacidade para distribuição de 6 milhões de mosquitos por voo. Os cientistas responsáveis pelo projeto afirmaram que o comportamento da população no eventual dia do lançamento dos mosquitos deve ser perfeitamente normal, sem qualquer tipo de mudança em suas rotinas.

A empresa Forrest Innovations em parceria com a Tecpar, também se comprometeu à executar Planos Educacionais junto à Secretaria de Educação, através de palestras explicativas nas escolas, para que assim os alunos levem tais informações aos pais, principalmente no sentido de  divulgar a campanha do “Mosquito do Bem”. Na próxima Quinta-feira (03/11) às 19:00 horas, será realizada uma reunião aberta ao público com todos os responsáveis pelo projeto na Câmara Municipal de Paranaguá.

Mais informações no site www.forrestinnovations.com

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